Capítulo 20

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A Luana me levou mais uma vez pro terraço daquele restaurante. Ela realmente gosta de lá.
Eu tinha ido até a sua casa, e ela disse que estava vindo pra cá pra pintar. Me convidou pra vir junto e eu aceitei.

Nós sentamos não tão perto da beira do terraço. Ela colocou um cavalete e uma tela do tamanho médio que na sua visão, era ao lado do pôr do sol.

Ela fazia traços delicadamente com o pincel naquela tela, e a cada pincelada, ficava mais bonito. Eu gosto de observa-la pintando. Ela pintava e conversava comigo ao mesmo tempo, sua voz é tão boa de se ouvir. Nós conversavamos sobre coisas aleatórias, mas que de alguma forma fazem sentido com ela.

Ela começou a falar da sua familia, do seu passado. Eu gosto de ouvir coisas sobre ela.

- A minha mãe pintava e desenhava, meu pai disse que ela ensinou ele, e depois ele me ensinou quando eu tinha uns doze anos de idade. Confesso que depois que ele se foi eu quase parei de pintar, mas meus irmãos não me deixaram fazer isso. Meu pai gostaria que eu continuasse com isso porque me faz bem, então continuei. É uma das únicas coisas que me fazem sentir que ele ainda está comigo. - Ela pensou um pouco. - Você deve estar me achando doida por sentir meu pai quando pinto.

- Quê? É óbvio que não! Eu acho muito bonita a forma como você fala dele e da sua mãe mesmo que nem tenha conhecido ela.

- É... Eu amava eles.

Eu me aproximei dela.

- Mas agora já foi. - Ela disse e voltou a pintar.

- Você fica linda até triste. - Eu disse e ela riu.

- Eu não sou tudo o que você diz.

- É sim.

- Eu não acho.

- Não só na questão da aparência, mas a forma como você fala com os outros, como você pensa e não se irrita comigo que vivo na sua cola. - Eu disse e ela sorriu.

Ela foi parando de rir aos poucos, então eu também me aproximei mais. Fazem quase dois meses que nos conhecemos, e faz uma semana desde o nosso primeiro encontro. Confesso que isso está sendo lento ao meu ver, mas eu realmente gosto dela e ela ficou presa durantr um bom tempo num relacionamento horrivel. Mas agora parece estar afim...

Eu fui me aproximando, e ela também. Ela inclinou um pouco a sua cabeça para um lado, e eu para o outro, assim nossos lábios precisavam apenas se aproximar mais alguns três centímetros para estarem juntos, então no mesmo segundo, ela abaixou a cabeça e se afastou.

- Eu preciso ir. - Ela disse e pegou a tela, os pincéis e tintas e levantou, os guardou no mesmo lugar de sempre.

- Lu, desculpa eu...

- Não precisa, Lucas. Eu só... preciso ir. - Ela coçou o pescoço e caminhou até a porta onde dava na escada para descer.

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Sunset - (T3ddy)Onde histórias criam vida. Descubra agora