Sunset - (T3ddy)

Capítulo 10

Algumas horas depois de chegar em casa, recebi uma ligação. Era a Manu.

Chamada de voz on

M: Lucas, cê tá ocupado?

Eu: Oi Manu! Não, por quê?

M: Eu preciso da sua ajuda.

Eu: Agora?!

M: Você disse que ia me ajudar quando eu precisasse não disse?

Eu: A-ah, sim. Tá. O que é?

M: Só vem aqui!

Chamada de voz off

A Manuela me chama pra ir até a casa dela agora, 23:00 da noite e nem me fala o que é.
Eu só vou então.

(...)

- Até que enfim! - Ela me puxou para dentro da sua casa.

- Que foi?

- Você vai dormir aqui.

- Por quê? - Sentei no sofá.

- Porque eu estou mandando!

- Mas eu- - Ela me interrompeu.

- Só obedece Lucas.

A Manu sempre foi meio durona, então admitir algumas coisas sempre foi bem irritante para ela, assim como admitir que está com medo também e... admitir que ela só quer a compania de alguém.
Pode ser uma dessas coisas.

- Você não quer me falar o real porque ?

Ela suspirou e sentou no sofá ao meu lado.

- Eu tô com medo. Pronto.

- Medo de quê? - Ri fraco.

- Eu e a Lu fomos no cinema faz umas duas horas. A gente assistiu um filme de terror e... enfim. Você entendeu né?

- Entendi. - Pensei um pouco. - Você não disse que amava filmes de terror?

- Cala a boca! - Ela disse de cara fechada.

A campainha tocou e ela pediu que eu atendesse.

- Lucas? - Era a Luana.

- Lu-Luana!

Hoje mesmo eu disse que ia me afastar (mesmo nem tendo me aproximado direito) e já estou com a menina bem aqui; na minha frente.

- Lu?! - Manu apareceu.

- Eu vim...dormir com você! - Ela disse com um sorriso.

Aquele sorriso!

Merda! foco, Lucas!

- Ué, achei que você ia ficar com a sua vó. Por isso não te chamei. - A Manu disse para a Luana.

- Minha vó saiu. Ela sai mais que eu mas... enfim. Já que você já tem compania eu já vou.

- Não, não precisa. Eu posso ir embora. - Eu disse.

- Ou.... - A Manuela nos empurrou para fora da casa e começou um caminho até a casa da Luana ali ao lado. - Ou você, Lucas. - Ela me olhou assim que paramos na frente da porta da casa da Luana. - Você ajuda a Luluzinha a pegar a coberta dela e depois vai embora.

- Mas... não precisa, eu- - Luana foi interrompida pela Manu.

- Claro que precisa amiga. Vão logo! - Ela abriu a porta e nos empurrou para dentro.

- A Manuela é meio doida as vezes. - Luana disse e fechou a porta.

- Pois é. - Ri fraco.

Eu observei a sala por alguns segundos. Era diferente. Tinham alguns quadros espalhados, um pequeno vaso de planta na mesinha de centro e várias outras decorações.

- A sua casa é...

- Diferente. Eu sei. Eu gosto assim e minha vó concordou então tá ótimo. - Ela sentou no sofá.

Eu olhei para o lado da televisão e avistei um pequeno quadro no chão, assim como um pincel ali pertinho e uma tinta verde ao seu lado.

- Você pinta? - Questionei.

- Sim. - Ela respondeu observando uma das artes espalhadas por aquela sala.

- Então você que pintou todos estes?

- Também. - ela riu fraco.

- Você é ótima nisso!

- As pessoas dizem isso sempre que vêem. Mas obrigada.

Eu sentei no sofá ao seu lado.

Ouvimos a campainha tocar.

- Ah, a gente esqueceu o que veio fazer. Deve ser a Manu. - Ela riu fraco e caminhou até a porta e abriu a mesma. - Arthur?!

E se eu sumir? Me parece uma ótima ideia agora.

- Oi Luana. - Ele disse e ela lhe deu espaço para entrar. - Quem é esse cara? - Ele me olhou e eu senti meu coração gelar.

- O-oi! - Acenei e fingi normalidade.

- Quê que cê tá fazendo aqui? - Ele se aproximou.

- Arthur. Ele só veio me ajudar. - A Luana disse e segurou o braço dele.

- Pois é. Eu só vim dar uma ajudinha pra ela mas já vou.

- Ajudinha? Ajudinha com o quê?

- A pegar o que eu preciso. Eu vou dormir lá com a Manu. - Luana.

- Ela não pode te ajudar não? - Ele olhou para ela, mas ela se afastou.

- Não, ela está arrumando algumas coisas lá. - Ela disse.

- Quem é ele?

- Eu sou só um amigo da Manu, mas prometo que já estou de saída. - eu disse levantando do sofá.

- Acho bom. - O chamado Arthur disse.

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