Assim que chego no apartamento, a única coisa que faço é me despir, colocar a calça do pijama e me jogar debaixo das cobertas na tentativa de recuperar minha dignidade.
Os minutos se passam, fico fitando o teto, relembrando tudo o que fiz na festa. Eu agi feito um idiota o tempo inteiro, meu Deus, eu derrubei refrigerante e carne em Leanne...
Cubro meu rosto e grito, debatendo as pernas. O que eu faço para perder essa timidez estúpida? Pior é que nem deixei a garota me apresentar aquele cara, vai que era um amigo ou irmão?
Ah, céus, não me julgue por ser assim, okay?
Depois de mais alguns minutos, pego no sono, aliviando o aperto no peito. Acordo ao sentir meu colchão se afundar, em seguida minhas cobertas se movem e ouço um inspirar profundo.
Abro os olhos, sonolentos, vendo os ponteiros fluorescentes indicando que são 01:30h da manhã no relógio sobre a mesa de cabeceira ao meu lado. Ajeito as cobertas e fecho os olhos de novo, sabendo que é Alana deitada na minha cama.
Um momento depois, sinto um braço escorrer por debaixo do meu pescoço, vir-me e a abraço, encaixando a cabeça na curva do seu pescoço. Alana nos cobre, beija o topo da minha cabeça e me abraça forte.
Seu peito começa a tremer, fico parado e estalo a língua quando ela começa a rir. Não abro os olhos, nem mesmo rio, mas fico um pouco chateado.
— Para de rir!
— Desculpa — sussurra, pigarreando.
Aconchego na cama, sentindo sua mão deslisar para frente e para trás sobre meu ombro.
— Você tem que agir com calma diante de algo que o deixa desconfortável — ela diz, quebrando a quietude. — Não tenha medo de sair da sua zona de conforto, Rhavi, porque quando sair dessa bolha de proteção que criou, estará propenso a sofrer decepções, de errar e até mesmo encontrar pessoas desagradáveis, mas não significa que vai ser sempre assim. — Alana faz uma pausa. — Você precisa ser forte para aguentar, porque isso é viver, Pet.
Fico calado e começo a fazer círculos nas suas costas.
— A carne voou na garota... — murmuro. — Deixou um rastro no tecido.
Alana cai na gargalhada.
— Eu assisti a confusão toda — fala. — Foi um acidente, seu bobo!
— Leanne não vai nem querer olhar na minha cara depois disso.
— Claro que não, você estragou o vestido dela — Alana confirma, brincando.
— Obrigado por isso, ajudou muito. — Suspiro.
Alana começa a acariciar meus cabelos.
— Vamos consertar essa primeira impressão, okay? — Assinto, esticando as pernas e tocando em seus pés gelados.
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CONQUISTANDO MINHA VIZINHA
RomanceVocê já deve conhecer o famoso clichê entre vizinhos com barulhos, gemidos, gritos, todas as noites, todos os dias. Já cansei de ler livros nessa vibe, sempre a mocinha ouvindo o vizinho bombado, gostosão, badboy, fodendo com outra garota. Agora inv...