Capítulo 22

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A brisa toca gentilmente meu rosto, trazendo calmaria

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A brisa toca gentilmente meu rosto, trazendo calmaria. O vento balança as folhas das árvores, produzindo um som de quietude, paz.

Suspiro, ajeitando minha cabeça em seu colo, seu perfume sendo espalhado pelo vento e seus dedos começam a mexer em meus cabelos, um cafuné que me faz querer ficar aqui pelo resto da vida.

Abro os olhos, encontrando com os seus castanhos que brilham como o sol iluminando a escuridão. Alana desce o dedo, traçando meu nariz, sobrancelhas e testa, voltando para os meus cabelos.

Ela sorri, um sorriso lindo que fico tão encantado, que retribuo. A imagem de ontem no vestiário me vem à mente, do seu sabor, do som dos seus gemidos...

Alana estreita os olhos, parecendo estar na mesma linha de raciocínio. Ela solta uma risada sem graça, vira o rosto e cobre meus olhos com a mão.

— Gostaria de entender a conversa silenciosa de vocês — Liza diz, me puxando para a realidade. — Como conseguem?

— O quê? — Alana pergunta.

— Conversar sem dizer nada — Liza resmunga.

Afasto a mão da Alana dos meus olhos e viro para ela, sentada com as pernas cruzadas enquanto tira o violão de dentro do hard bag.

— Ah... é que...

— As almas desses dois estão conectadas, Liza, por isso — Aidan diz, aparecendo de repente. — Cheguei!

Ele dá um beijo no topo da cabeça de Liza, depois na bochecha da Alana e me olha por trás dos óculos redondos.

— Você não! — fala, fazendo uma careta.

— Qual é? — resmungo. — Tem que me cumprimentar também.

— Sai fora! — Aidan ri, se sentando sobre o gramado ao lado de Liza. — Queria ter trazido a guitarra, mas não consegui.

Observo-o colocar a mochila no chão junto com o hard bag do violão.

— Vamos ter um show ao vivo dos dois de novo, hein? — pergunto, atraindo os olhos azuis de Aidan.

— Particular ainda — diz, jogando uma piscadela. — Um privilegio único. — Ele percorre a mão pelos seus cabelos lisos.

Percebo olheiras abaixo dos seus olhos e um semblante de cansado, quase à beira da exaustão. Aidan aperta os lábios, percorre a mão pela calça branca e solta um suspiro. Aposto que veio direto de alguma aula.

— Preciso de música para aliviar minha mente.

— Qual foi a última vez que dormiu direito, cara? — Alana indaga.

Seguro sua mão quando a pousa em meu peito, a outra se mantém em meus cabelos.

— Acho que... — Ainda retira o violão vermelho do hard bag, ajeita-o em sua perna e pensa. — Para ser bem sincero, não faço ideia. — Ele faz uma careta, nos olhando.

CONQUISTANDO MINHA VIZINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora