Capítulo 19

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Os minutos parecem que não passam, os ponteiros do relógio não andam e o aperto no meu coração só intensifica a cada segundo

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Os minutos parecem que não passam, os ponteiros do relógio não andam e o aperto no meu coração só intensifica a cada segundo.

Quando a aula termina, pareço que retomo a capacidade de respirar, no entanto, Alana é primeira a sair da sala e Liza corre atrás dela.

Sei perfeitamente que não gostou de ter Leanne ao meu lado, de ter ficado longe de mim, porque nem quando estudávamos no colegial ela se sentava longe, e hoje foi como se um muro tivesse sido construído entre nós.

Leanne percebe o clima estranho, tento disfarçar, mas ela não é idiota para ser enganada por Alana dessa forma.

— Vou pegar nosso almoço — Leanne diz assim que escolhemos uma mesa mais afastada no refeitório. — O que vai querer?

Sento-me e aperto meus lábios.

— Um sanduíche natural e suco de laranja.

Leanne sorri, assentindo e se afastando para pegar nosso almoço. Respiro fundo, relaxando na cadeira.

— Oi, Rhavi!

Olho para o lado, duas garotas andam para a saída, mas uma delas tem o olhar preso em mim. Ela sorri e dá um tchauzinho. Estranho, mas retribuo o gesto por educação. A outra garota a cutuca e ambas andam apressadas, cochichando.

— Ué! — sussurro, rindo.

Inclino para trás, balançando a cadeira enquanto arrasto meu olhar na direção da Leanne, no entanto, meus olhos se desviam e prendem em Alana, que entra no refeitório ao lado de Liza.

Meu campo de visão, de repente, se resume somente a ela, de tantas pessoas nesse lugar, tenho a necessidade inexplicável de encará-la como se fosse única nessa merda de mundo.

Observo-a conversar com Liza, seus lábios, aqueles que passei o dia de ontem beijando, se movendo. Não faço ideia do que está conversando, não faço nem questão, quero apenas senti-los de novo.

Alana coloca uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, assentindo para algo que Liza diz, seus lábios se alargam em um sorriso ofuscante que meu coração salta de uma forma diferente.

Nunca tinha reparado que esse sorriso que dá, faz todos ao seu redor parar e ficar olhando por um tempo, vendo o quanto é estonteante.

Elas param em uma fila, continuo focado nela sem conseguir desviar, tudo para mim se torna insignificante e meus olhos começam a descer pelo seu corpo, um frio sobe minha espinha, meu coração mais acelerado que o normal.

Certo, que sensação estranha é essa?

Pigarreio, piscando, mas a blusa justa que está usando deixa seus seios mais volumosos, bonitos e... atrativos, o coração do seu pingente pousado no meio deles, que se movem conforme sua respiração.

Calor se aloja no pé da minha barriga, desço mais o olhar, parte da sua barriga à mostra, lisa e reta, um piercing de coração pendurado no seu umbigo, convidando meus dedos a acariciar o local.

CONQUISTANDO MINHA VIZINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora