ESTAMOS PERDENDO.
Queria dizer o contrário, mas o placar não está a nosso favor, a defesa do TCU está se saindo muito bem, conseguindo uma conversão de 31% na terceira descida contra nossa defesa.
Meus olhos permanecem no campo, o estádio está tenso à medida que o jogo prossegue. Sei que estou aqui como reserva, mas nada consegue silenciar a voz dentro de mim que sugere que eu poderia fazer a diferença, talvez consiga marcar de alguma forma e mudar esse placar.
Olho para Connor, que se prepara para a terceira descida, ele grita os comandos. Quando lança a bola, esta voa pelo ar em direção a Sean, que está lutando contra o camisa 87. No entanto, para nosso desespero, o defensor salta e intercepta a bola no alto.
Oh merda, merda, merda!
Sinto uma onda de frustração percorrer como ondas elétricas por minhas veias, e o pensamento de que eu poderia estar no campo ajudando me atormenta.
O time de ataque se retira, e a equipe de defesa entra no campo. Connor, cheio de raiva, arranca o capacete e o joga com força no chão.
— PORRA! — ele grita, sentando-se e recebendo um tablet para revisar sua última jogada.
Meus olhos percorrem o rosto de cada jogador, todos expressando frustração, desânimo e surpresa. Tínhamos acreditado que seria uma vitória fácil, mas ninguém estava preparado para a agressividade demonstrada pelo time da TCU.
Sean sentado no banco, escuta atentamente o coordenador ofensivo, que relata seus erros, os dropes, a falta de conexão, um desempenho de merda.
Respiro fundo, voltando minha atenção ao jogo no instante em que a bola é snapada, e o quarterback adversário se prepara para fazer o lançamento. Nossa defesa age de forma coordenada, com Ben aplicando pressão e forçando o quarterback um passe rápido. Nossos defensive backs de fundo estão alertas, prontos para aproveitar qualquer oportunidade de interceptação.
Blake Cashman assume uma posição estratégica, acompanhando de perto os movimentos do receptor adversário. Neste momento crucial, o quarterback direciona a bola na sua direção. Acredito que sua mente começa a trabalhar em alta velocidade, calculando o timing do salto e a trajetória da bola. Ele salta no momento perfeito, esticando o braço e fazendo a interceptação.
— Isso, cara! — dou um soco no ar.
A multidão delira, assim como todos nós, com essa jogada espetacular, e uma onda de euforia nos envolve.
A posse de bola agora é nossa, eles apenas a devolveram.
— É o nosso momento, pessoal! — grita Connor. — Vamos manter o foco, uma jogada de cada vez. — Ele retorna ao campo.
— Ei, Clark? — Johnson chama. — Vamos aquecer!
Assinto e me dirijo à lateral do campo. Manter-me aquecido durante o jogo é fundamental, pois, caso algo aconteça com Sean – o que é muito difícil se tratando dele – preciso estar pronto para substituí-lo.
Enquanto o jogo se desenrola no campo, foco nos meus movimentos com a orientação do Johnson, realizando exercícios de aquecimento, preparando para entrar em ação a qualquer momento.
Momento esse que nunca chega.
Sério, quero jogar!
É querer muito ou pedir muito?
Sei lá, só quero entrar no campo.
Depois de alongar meus músculos, Johnson repassou algumas jogadas. Aperto a garrafinha e jogo água dentro da boca, ouvindo-o atentamente, nada fora do normal.
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CONQUISTANDO MINHA VIZINHA
RomansaVocê já deve conhecer o famoso clichê entre vizinhos com barulhos, gemidos, gritos, todas as noites, todos os dias. Já cansei de ler livros nessa vibe, sempre a mocinha ouvindo o vizinho bombado, gostosão, badboy, fodendo com outra garota. Agora inv...