Capítulo 08

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— Meu cérebro está fritando — Alana choraminga ao sair da última aula do dia

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— Meu cérebro está fritando — Alana choraminga ao sair da última aula do dia.

Devo concordar com ela, foram tantas informações que acho que o meu está quase fritando, e o pior é que daqui uma hora tenho treino.

— E eu? — Olho para Liza, parecendo exausta. — Sério, saí da sala mais burra que entrei.

Rio das duas, o drama aqui é constante.

— Se você se acha burra, eu nem sei o que é pior que burrice — Alana inspira. — Quero ajuda dos dois para estudar, farmacologia é mais difícil do que estava imaginando.

— Se você for uma aluna disciplinar, ajudo com toda certeza — rebato, ajeitando a mochila e os óculos.

Alana resmunga, engatando uma conversa com Liza de um filme de romance que assistiram. Entro no meio, porque também assisti e não gostei, mas quando digo minha opinião, quase sou espancado por essas duas malucas.

Sério, elas não aceitam opinião diferente das delas.

— Preciso ir — Liza diz, se despedindo. — Vou me encontrar com a vovó agora.

— Mande um beijo nosso para ela — Alana acena para Liza, que assente e caminha pelo corredor na direção da saída.

Eu e Alana pegamos o dá esquerda, que leva para a biblioteca com a intenção dela devolver os livros que pegou semana passada. Enquanto caminhamos, conto sobre o convite de Leanne, ela fica entusiasmada, fazendo perguntas e pedindo detalhes.

Ao sair do prédio, vou parando lentamente quando avisto Leanne encostada em uma coluna enquanto conversa com um cara. Reconheço-o sendo do time de basquete da universidade, até porque está vestido com a jaqueta da Houston Man'n.

Eles estão envolvidos em uma conversa que julgo estar interessante. Leanne sorri parecendo sem graça, coloca seu cabelo loiro atrás da orelha e assente, o cara se inclina e sussurra algo que a faz empurrá-lo para se afastar de modo descontraído.

Ele tem toda uma técnica de como seduzi-la, é alto, magro, negro e é bem popular entre as meninas, Alana já me falou sobre ele, só não recordo seu nome.

Queria ser como ele, sem medo de chegar em uma garota para seduzi-la ou como Alana, livre para fazer aquilo que deseja fazer sem vergonha e arrependimentos.

Sou apenas o cara que se esconde nas roupas largas com estampas esquisitas aos olhos das pessoas e envergonhado demais para sequer se aproximar ao ponto de quase beijá-la.

E se você acha que tenho alguma chance de conquistá-la, bom, fico feliz por ter esperanças, porque eu não tenho essa convicção.

Supera, não sou como eles!

— O encontro que marcaram é depois de amanhã? — Alana pergunta, sua voz saindo um pouco baixa.

— Sim.

CONQUISTANDO MINHA VIZINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora