Capítulo 18

3.4K 241 367
                                    

No dia seguinte, deitados na cama com as pernas encostadas na parede devorando goma fini de dentadura, decidimos faltar a aula, o que pode nos prejudicar no futuro, no entanto, jogamos um foda-se para isso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


No dia seguinte, deitados na cama com as pernas encostadas na parede devorando goma fini de dentadura, decidimos faltar a aula, o que pode nos prejudicar no futuro, no entanto, jogamos um foda-se para isso.

— Um dia vai ter que conversar com ela, Pet — Alana diz, colocando duas dentaduras na boca e balançando os pés com as unhas pintadas de amarelo.

— Tenho? — indago, mastigando a goma.

— Para de ser bundão.

— Vou dizer o quê?

— Sei lá! — Alana ergue uma dentadura e aperta. — Diz que deu caganeira e que se demorasse mais um pouco, iria cagar na piscina inteira.

Engasgo com a goma, ouvindo sua risada.

— Há, Há! Que engraçado — resmungo, levando três de uma vez na boca.

— Pode funcionar.

— Funcionaria pra você?

— Não — confessa, batendo seu pé no meu. — Seja verdadeiro com ela.

— E dizer que fugi porque fiquei nervoso demais com a possibilidade dela me beijar?

— Não. — Alana coloca uma goma na minha boca e mordo de leve seu dedo. — Fala que não está pronto, que quer ir devagar.

— Isso vai rolar?

— Os homens vivem dizendo isso para as mulheres quando querem um relacionamento, por isso que fujo dos caras que durmo para não ter perigo de ouvir esse discurso — revela, rindo e me olhando.

— E... será que ela quer um relacionamento comigo? — pergunto, inseguro.

Viro a cabeça, encontrando com seus olhos castanhos me estudando.

— Lógico, está na cara — fala, mordendo uma dentadura de goma. — Seja verdadeiro, abra seu coração e joga a real.

Respiro fundo, desviando do seu olhar e fitando o teto.

— Não sei não...

— Não é mentira se dizer isso.

Contorço os lábios, pensativo. Levo outra goma à boca, um pouquinho envergonhado com o que vou perguntar.

— Alana?

— Hum?

— Então... é... bem... — Solto uma risada nervosa. — Sobre me ensinar aquelas coisas... como... como vamos fazer para rolar? Tipo, precisa de um clima para beijar ou algo parecido?

— Depende — diz, observando a dentadura. — Existe todo um clima dependendo da situação, em outros você mesmo pode criar.

— Como? — pergunto, engolindo a goma que estava mastigando.

CONQUISTANDO MINHA VIZINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora