Capítulo 10

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Inspiro e expiro, nervoso, querendo cancelar esse encontro

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Inspiro e expiro, nervoso, querendo cancelar esse encontro. Tenho medo de cometer um erro, de falar alguma coisa constrangedora e... e se eu estragar tudo de novo?

Fecho os olhos, controlando as batidas descontroladas do meu coração, tentando manter a calma. A ansiedade envenena meu corpo, a inquietude do meu coração me deixa inseguro e eu só consigo enxergar um final trágico.

O que devo perguntar a ela? Até onde devo ir? Será que tenho que beijá-la? Não, acho que não! E se ela não gostar de mim? Merda!

Inspiro fundo, sentindo um frio na barriga... ou seria o início de uma dor de barriga?

Não! Não! É nervosismo mesmo!

Choramingo ao abrir os olhos e me encaro pelo espelho.

— Vai dar certo, cara! — murmuro para mim, tomo coragem e saio do quarto.

Alana está à minha espera, sentada no sofá com o celular na mão, assim que me nota, ergue a cabeça e esquadrinha-me por inteiro, dando um sorriso largo.

Fico sem graça pela forma que me encara e percorro a mão pelos cabelos recém cortados.

— Uau! — Minha amiga leva a mão à boca. — Droga! Por que você é tão gato assim? — indaga.

Enxugo o suor das palmas das minhas mãos no tecido da calça jeans escuro, depois ajeito a jaqueta de couro que ainda não me acostumei a usar e dou de ombros, sem saber o que dizer.

— Aprovado, então?

— Leanne vai ter um ataque do coração — Alana diz, apontando para o sofá diante dela. — Sente-se, Rhavi, quero dizer algumas coisinhas.

Faço o que pede, ajeito os óculos no rosto e deixo os braços repousados sobre os joelhos.

— Vou te dar algumas dicas para evitar estragar esse momento entre os dois, okay?

— Sim, manda — digo, balançando a perna esquerda.

— Primeiro: pelo amor de Deus, não pergunte sobre o passado da garota, muito menos sobre os ex-namorados, se é que tenha algum, mas o problema é que não sabemos nada sobre a vida dela. Vai que ela tem um passado ruim ou ainda nutri sentimentos por algum ex? — Alana retira um papel de dentro da sua calça jeans justa com um furo nos dois joelhos e o abre. — Objetivo é você tirar o batom da boca da garota até o final da noite e não enxugar suas lágrimas, ouviu?

— Certo, sem passado.

Alana lê um pouco e volta a me olhar.

— Não fique calado, sei lá, puxe assunto que dá origem a bons sentimentos, demonstre carinho e interesse no que ela fala...

Durante dez minutos que se passa, Alana me joga uma lista de informações que me deixa zonzo. Quando termina, ela inspira fundo para recuperar o fôlego e guarda o papel dentro da bolsa.

CONQUISTANDO MINHA VIZINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora