Saímos da roda gigante com Leanne rindo tanto de mim, que tenho certeza de que posso ouvir sua risada a quilômetros de distância.
— Sério, Rhavi? — indaga, entre a risada.
— Para! — resmungo, parando de andar porque minhas pernas estão meio bambas, o que está dificultando minha locomoção. — Não ria!
Parece que cada vez que peço mais ela ri.
— Não consigo esquecer sua cara lá em cima — ela diz, controlando o riso. — Acho que nunca vi alguém tão nervoso em uma roda gigante antes!
Rolo os olhos, tentando manter minha dignidade.
— Não sei do que você está falando. Eu estava apenas... apreciando a vista, sabe?
— A vista da sua cara branca de medo?
— Para a minha defesa, senhorita Kinsley, eu me assustei quando ela balançou — resmungo, levando a mão no rumo do coração.
— Aquele grito que você soltou, foi tãããão romântico! — ela suspira de um jeito sarcástico.
— Nossa! — meu rosto começa a esquentar.
Que humilhação, cara!
Voltamos a caminhar em direção à barraca de tiro, onde meus amigos estão nos esperando. Enquanto andamos, continuo na tentativa de salvar minha reputação.
— Estava só praticando meu grito para quando eu marcar um touchdown — digo, ajeitando meus óculos. — E eu não queria que o vento bagunçasse meu cabelo, demorei um tempão para deixá-lo bonito.
Leanne ri, ajustando a jaqueta que eu lhe emprestei no topo da roda gigante, quando uma brisa gelada fez com que ela estremece de frio.
— Você é perfeito, sabia?
— Eu, perfeito? — olho para ela.
Leanne assente e me encara, esboçando um sorriso alegre que realça seus olhos azuis. Eu queria que aqueles olhos castanhos estivessem me encarando agora, desse jeito, mas...
— Não sou perfeito — retruco, pigarreando. — Posso listar algumas coisas que me tornam imperfeito.
— Diga-me.
— Hmm... — levanto os dedos enquanto enumero minhas "falhas". — Primeiro, meu talento para derrubar coisas. Já perdi as contas de quantos copos foram vítimas das minhas mãos desastradas.
— Meu vestido pode atestar isso — ela murmura, contendo um sorriso.
— Devo a você um vestido — abaixo um dedo. — Segundo, minha habilidade em confundir datas importantes. Aniversários, compromissos... uma vez esqueci o aniversário da Alana, só lembrei um mês depois. Fiquei congelado de medo na hora, pensando: Puts, estou ferrado! Tentei consertar, mas não deu certo.
— Ela não comentou ou algo assim?
— Nadinha... — faço um som com os dentes. — Pelo menos, acho que não.
— O que aconteceu?
— Ela ficou um mês sem falar comigo quando eu lembrei.
— Meu Deus! — Leanne ri. — Sério?
— Completamente sério — balanço a cabeça. — Agora tem um post-it na porta do meu guarda-roupa, aviso na agenda e no celular, para que eu nunca mais esqueça.
— Acontece.
— E ela entende? — resmungo, e mais um dedo se ergue. — Terceiro, minha incrível capacidade de tropeçar em nada. Não importa onde esteja, sempre consigo a proeza de cair na frente de todo mundo.
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CONQUISTANDO MINHA VIZINHA
RomanceVocê já deve conhecer o famoso clichê entre vizinhos com barulhos, gemidos, gritos, todas as noites, todos os dias. Já cansei de ler livros nessa vibe, sempre a mocinha ouvindo o vizinho bombado, gostosão, badboy, fodendo com outra garota. Agora inv...