Capítulo 24

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"Melhores amigos não se beijam, não se tocam e não transam

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"Melhores amigos não se beijam, não se tocam e não transam..."

Minha cabeça ferve com as palavras de Leanne, a culpa me corrói de uma maneira insuportável, queria que ela estivesse errada, mas não está.

Recosto na caminhonete e dou um soco de leve na lataria, querendo ignorar essas palavras que berram no meu consciente, entretanto, visto a sua vivência, tenho certeza que me julgaria por ser virgem, além do mais, não quero que Leanne tenha uma experiência ruim comigo.

Quero ser o cara que ela não vá trocar por ser ruim na cama ou algo do tipo. Também não quero passar vergonha. O que está rolando entre mim e Alana, é apenas um acordo. Ela está me ensinando o que não sei, amigos fazem isso, não fazem?

Porra, claro que não fazem, quem eu quero enganar?

Olho no relógio em meu pulso, aguardando a dona enrolada que deveria ter descido há quinze minutos. Inclusive, recusou três vezes meu convite de ir ao cinema assistir Taxi Drive, nosso filme favorito que entrou em cartaz na sessão dos antigos.

Sei que ela está com raiva de mim e quero saber o porquê... apesar de desconfiar dos motivos, porém, é horrível vê-la me evitando como se eu fosse uma assombração.

Ouço passos, ergo a cabeça e a vejo caminhar em minha direção, vestida com uma blusa rosa, saia jeans e coturnos que a deixam simplesmente linda.

Alana me lança um olhar de raiva que é como se eu tivesse acabado de colocar carvão em brasa nas mãos. Ela para diante de mim, cruza os braços e desvia o olhar, contorcendo os lábios como se estivesse arranjado um jeito de controlar o que sente por mim no momento.

— Oi! — digo, cauteloso.

Ela arrasta o olhar de volta para mim, soltando um longo suspiro.

— Oi! — Retribui, dando um passo à frente. — Vamos, não quero me atrasar. — Alana abre a porta do passageiro.

— Ei, podemos conversar? — Troco seu braço, impedindo que entre. — Você está estranha comigo, por quê?

Ela pigarreia e vira o rosto para mim, trincando os dentes.

— Não estou estranha.

— Jura?

— Estou com TPM, estressada e meus hormônios parecem fogos de artifício.

Estreito meus olhos diante da sua mentira.

— Você não fica estressada quando está na TPM, pelo contrário, fica toda chorosa e manhosa, então não me engane e fale o que está rolando.

Alana solta o ar pela boca, umedece os lábios e fixa seu olhar no pneu da Dodge.

— Se abre para mim... — peço e vejo um brilho de malícia em seu olhar. — O coração... abra o coração, não as pernas ou o que tenha imaginado. — Sorrio de leve. — Que mente depravada é essa?

CONQUISTANDO MINHA VIZINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora