Capítulo 15

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Meu corpo e minha mente se mantêm congelados ao mesmo tempo em que sinto uma frieza incômoda no pé da minha barriga, como se tivessem várias formigas andando dentro dela em busca da saída

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Meu corpo e minha mente se mantêm congelados ao mesmo tempo em que sinto uma frieza incômoda no pé da minha barriga, como se tivessem várias formigas andando dentro dela em busca da saída.

Isso não deveria estar acontecendo, em hipótese alguma... Somos melhores amigos, como... como Alana pode estar me beijando?

Suas mãos em meu rosto afrouxam e ela descola sua boca da minha. Assisto-a abrir seus olhos lentamente, e quando encontram os meus, mergulho na imensidão do castanho que me mostra sempre o caminho de casa; o lugar onde sou amado e acolhido quando o mundo quer tanto me machucar.

Alana sempre esteve ao meu lado, nos meus piores momentos, segurou minha mão quando achei que meu mundo tinha acabado ao assistir o caixão ser lacrado. Foi ela... ela que me devolveu a vontade de viver de novo, acreditando sempre nas minhas melhores versões.

Ela é essencial para a minha vida, sem Alana... sem ela perco o rumo de casa, não sou nada sem ela e o que acabou de fazer, não se adequa ao que temos.

— Agora você beijou duas garotas. — Sua voz sai sussurrada.

Alana desce sua mão pelo meu pescoço. Ela está tão perto que nossa respiração se mistura. Meu pulso lateja até se tornar tudo o que consigo ouvir.

Tum, tum, tum.

Meus olhos descem para a sua boca, aquela onda de calor se espalha em meu corpo, se alojando em meu peito. Ela não deveria ter feito isso.

Tum, tum, tum,

Eu não deveria permitir isso. Não vou, mas... caramba!

— Respira! — sua voz invade minha cabeça. — Rhavi?

Sua boca se move, minha visão fica embaçada. Pisco, movo as mãos e seguro sua cintura, sentindo a maciez do tecido.

— Ei, Pet?

Tum, tum, tum.

Por que não a escuto? Por que estou tão fixo em sua boca?

Sem pensar, inclino e capturo sua boca com a minha, puxando seu corpo ao encontro do meu, dessa vez fecho os olhos, entrando na porta errada que acabou de ser aberta.

Sinto sua língua pedindo por algo, então abro a boca, prendendo o ar sem concordar com o que está acontecendo, mas sem forças para evitar.

Estou beijando Alana e ela... ela está retribuindo?

Suas mãos percorrem meu pescoço com calma, não tenho fôlego para afastá-la, não quando sua língua viaja dos meus dentes ao céu da minha boca, tocando a minha de um jeito suave.

Não sei o que meus lábios devem fazer, como se mover, se devo virar a cabeça ou mexer a língua, apenas fico parado, esperando talvez um milagre.

Depois dos primeiros segundos, toda aquela vontade de um beijo perfeito se resume em lábios rígidos, língua dura e um pedaço de árvore que se diz homem.

CONQUISTANDO MINHA VIZINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora