Assuntos pendentes

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Depois de terem uma noite de entrega total, Jun-ho ainda dormia agarrado a Suga enquanto ele apenas o observava.

De certa forma ele estava frustrado em perceber que apesar de namorarem por um tempo considerável não conhecia quase nada do passado dele.

"Não, não é apenas por causa dela... definitivamente não é..." 

"Mas por que ele não fala sobre os amigos dele ou sobre sua família?"

"Tá, eu até entendo o motivo dele não querer falar sobre seus exs, mas e quanto ao resto?"

"Será que é tão problemático assim?"

"Não... Impossível... Se tivesse alguma coisa realmente relevante estaria na pasta..."

"Jun-ho quem é você?"

Tentando não acorda-lo, movimentou-se devagar até conseguir se soltar do abraço dele. Andando devagar saiu do quarto e foi para sala com a intenção de ligar para a única pessoa que talvez pudesse lhe responder as perguntas.

— Tae, será que eu posso falar com a Luna rapidinho?

— Irmão?! Aconteceu alguma coisa?

— Na verdade eu só queria perguntar uma coisa pra ela.

 — Pela maneira que está falando tão baixo... Você não quer que o Jun-ho escute, né?

— Sim.

— Quer vir pra cá?

— Não precisa de tanto, é apenas uma pergunta mesmo...

— Espera um pouco.

...

— Imperador?! Você está bem?

— Oi pequena gatinha, estou sim e você?

— Estou curiosa, o que você quer saber?

— Luna, você sabe se o Jun-ho tem algum problema com a família dele? Você sabe... Tipo... De aceitação?

— Não imperador, o tio e a tia sempre foram super abertos quanto a isso. Eles acetam tranquilamente.

— Hum... E sobre os amigos dele? Você já chegou a conhecer algum?

— Na verdade não, o que sei é que, tirando nós, ele considera apenas três pessoas como seus amigos, mas eu nuca os vi.

— Hum. Ok, obrigada pequena gatinha. A gente se vê.

— Imperador, não sei o motivo de tudo isso, mas não fica bravo como Jun-ho, vocês acabaram de fazer as pazes...

— Eu sei, não se preocupe, está mesmo tudo bem, eu só fiquei curioso.

Ao desligar o telefone, Suga ainda ficou um tempo na sala pensando em como abordaria o tema sem fazer parecer que estava sendo invasivo ou até ciumento.

Suspirando desistiu de pensar e decidiu peguntar diretamente.

"Foda-se todo o resto!"

Voltando para o quarto, tocou suavemente o rosto de seu namorado dizendo suavemente:

— Ursinho, acorda... Já é tarde... 

Ainda de olhos fechados Jun-ho apenas resmunga algo e volta a dormir.

— Vamos ursinho... Acorde... Nós precisamos conversar...

— Me dê mais alguns minutos Suga...

— Se você não acordar vou ser obrigado a me aproveitar de você...

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