Resolução

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JNH: - Vocês perderam o juízo? Pra começar, qual é a idade de vocês? Vocês tem alguma noção da gravidade do que estão pedindo?

Dae: - Escuta aqui seu maldito cara de modelo, você tem alguma ideia do quanto foi difícil aceitar essa opção?

JNH- E vocês?  Sabem o tamanho da encrenca que estão pedindo pra eu me meter? E ainda não responderam minhas perguntas.

Ao ver Jun-ho alterando a voz, Suga fica muito irritado, levantando da cadeira, fechando o punho com a intenção de socar a cara dele, vocifera:

SG: - Não se atreva a gritar com a minha namorada!

JNH: - Não estou gritando leitinho.

SG: - Não se atreva a me chamar assim!

JNH: - Ok, Ok. Não vou chamar, mas vamos conversar em outro lugar, as pessoas estão começando a olhar e vocês não vão querer falar sobre isso em público! Venham.

Dae: - Pare de dar uma de mandão. Nós não vamos sair daqui.

JNH: - Olha aqui, eu até agora fui paciente com vocês, agora  calem a boca e venham comigo, se é que ainda estão dispostos a ouvir minha resposta.

Ver o tom sério de Jun-ho deixou os dois atônitos.

Sem falarem nada apenas seguiram ele até sua casa.

- Entrem.

Suga fica absurdamente vermelho, da última vez que esteve ali, estava totalmente cativo nos braços de Jun-ho. Não conseguia falar nada. Nem mesmo olhar nos olhos dele ou nos de Dae.

JNH: -  Sentem aonde quiserem.

Os dois vão juntos se sentar em um sofá grande, enquanto Jun-ho decide sentar em uma poltrona quase de frente a eles.

JNH: - Muito bem, agora podemos falar sem reservas e rodeios. O que levou vocês a pensar em fazer sexo a três?

SG: - Nós precisamos... Eu preciso saber o que sinto.

Olhando diretamente pra Jun-ho, Suga completa:

- Não posso mais fingir que não estou sentindo as coisas que de fato estou.

Dae levanta ainda mais a cabeça, se esforçando muito pra manter sua própria dignidade, mesmo com seu coração doendo ao ver ele admitir tão abertamente.

JNH: - E o que exatamente você está sentindo?

SG: - Eu não sei, tá legal? Minha vida estava bem, estava tudo certo, aí você apareceu e bagunçou tudo! Não consigo definir o que estou sentindo agora...

- Então você quer transar comigo pra descobrir o que sente.

- Sim.

- Se é esse o problema, podemos transar quando você quiser, MAS se me lembro bem a condição pra transar com você é que Dae esteja junto...

Dae: - Sim.

JNH: - Me diga por que. Por que você está tão disposta a passar por algo que tenho certeza absoluta que você não quer?

- Porque eu não suporto ver a pessoa que mais amo no mundo sofrer dessa maneira. Estou disposta a passar por isso, pra dar a ele a chance de descobrir e entender o que sente tanto por mim quanto por você.

- Entendo...

Se levantando, Jun-ho caminha em direção a eles.

Chegando bem perto Jun-ho levanta as duas mãos e coloca cada uma no queixo deles, levantando mais ainda seus rostos.

Com a voz perigosamente suave e sedutora diz:

- Então... Com quem eu devo começar?

Os dois se olham chocados e voltam a olhar Jun-ho, que continuava dizendo.

- Acho que devo começar com você gatinha... Afinal você também é muito sexy.

Dae prende a respiração quando ele se aproxima mais ainda, roçando suavemente seus lábios nos dela.

Ele mal encostou e já se afastou olhando para Suga.

- Ou então devo começar com você? Te fazer subir pelas paredes, pra depois pegar sua gatinha gostosa?

Suga também está sem respirar. O simples toque dele fez novamente seu corpo arrepiar.

Jun-ho apenas roçou seus lábios nos dele. Lutando pra não demonstrar o quanto estava se segurando pra não beijar de verdade aquela boca que o hipnotizou desde a primeira vez.

Fazendo os dois se levantar, Jun-ho os abraça, voltando toda sua atenção a Dae, segurando sua nuca a beija, sentindo a resistência dela ao beijo. Insistiu até que ela abrisse a boca e o deixasse entrar com sua língua. Enquanto massageava a nuca de Suga, que apenas olhava para os dois.

Apesar do choque, Dae se viu obrigada a ceder, não por causa da insistência dele, mas porque percebeu que aquela boca era incrivelmente macia e seu beijo estava começando a despertar algum tipo de sentimento nela.

Quando começou a de fato corresponder, Jun-ho se afasta dela e passa a beijar Suga.

Beijou-o até que ambos estavam com as respirações ofegantes.

Sem uma única palavra, se afastou dos dois e voltou a se sentar na mesma poltrona que estava antes.

Suga e Dae olharam estupefatos pra Jun-ho.

Ele encarou de volta e quando falou sua voz foi cortante e firme.

- Eu recuso a oferta de vocês. Não transo com menores de idade. E também não transo com quem se sente obrigado a fazer isso.

SG e Dae: - O quê???

- Eu recuso a oferta de vocês. Mas voltem a me procurar quando os dois forem maiores de idade e principalmente quando os dois estiverem totalmente dispostos a fazer isso e não porque querem se descobrir. As pessoas com quem eu transo precisam querer por si mesmas. Eu jamais obrigarei alguém a fazer o que não quer.

Dae: - Mas que merda é essa?! VOCÊ TRANSOU COM O SUGA!! 

- Sim, e ele veio pra mim porque quis, eu não o obriguei a nada, foi a melhor transa da minha vida, mas não vou arriscar meu pescoço fazendo isso com dois menores ao mesmo tempo! Ainda mais quando um deles é mulher e ainda por cima não quer transar comigo.

Dae não poderia falar mais nada. Escutar que Suga foi  a melhor transa da vida dele foi difícil, mas ter confirmado que ele  foi porque quis foi pior ainda.

Suga, por sua vez, ficou totalmente paralisado com as palavras dele. Seu corpo inteiro ferveu com aquelas palavras e em desespero fechou os olhos lutando pra não deixar escapar o gemido que surgiu em sua garganta.





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