Capítulo nove

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Sonderkomando.

Eu havia descoberto o que Frankie era.

Ele executava uma tarefa difícil e cruel.

Segui Frankie após sair de um dia de trabalho mais que exaustivo.

Eu o vi indo para um lado contrário ao que morávamos .

Minha curiosidade foi maior do que o terror vivido por mim.

Simplesmente não  tive opção.

Frankie ia as pressas, andando, quase correndo.

Onde iria?

Fui atrás  sem que ele me visse fui indo até  que parei e o vi de longe se aproximando de um lugar onde tinha uma máquina, que lembrava a que eu colocava o pão.

Ele tirava do chão um a um os corpos humanos , todos amontoados.

Ele, juntamente com outros dois judeus estava colocando os corpos dentro da máquina  e os esmagando.

Minhas pernas tremiam diante do horror em que presenciava.

Irmãos  nossos estavam sendo cruelmente esmagados.

Não  bastavam estarem mortos?

Eu não compreendia, eu não  aceitava.

A raiva que achava que não conseguia sentir, tomou lugar da dor .

Eu não consegui tirar os olhos dos movimentos de Frank e seus parceiros, bem como dos mortos que estavam sendo triturados um a cada vez.

Lágrimas de ódio furaram meus olhos e escorriam por minha face ossuda.

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