Eu lutava para conseguir algumas poucas roupas para as crianças órfãs, viviam como trapos humanos e o frio era intenso.Nós estávamos indo bem apesar de serem muitos os que queriam estudar, muitas crianças menores de quatorze anos , não sabiam nem ler direito . Fazíamos o que podíamos às escondidas., e até eu estava ensinando.
As escolas eram clandestinas , nestas horas a saudade de Otto apertava- me o peito. Otto iria amar ir a escola, e quem sabe fosse um estímulo para ele falar? Mas era tarde demais , ele estava morto.
NPassei a me ocupar do que estava vivo .
Muitos intelectuais se misturavam às pessoas normais, cada qual passando o seu conhecimento, numa troca de igualdade necessária para o crescimento humano
Eu achei lindo e me emocionada a cada aprendizado conquistado pelas pessoas presentes, a sua força de vontade , arriscando a vida por um ideal.
Conheci várias pessoas e as que dominavam a escrita , documentavam tudo que vivenciavam em cadernos que mais tarde viravam diários.Eu passei a ensinar francês e a bordar , mas lá eu também era aluna e aprendi IÍdiche, uma língua nacional judaica, todos estavam aprendendo .
Confesso que estava me confortando estes meses com a escola. Aos poucos houve uma renovação em meu ser.
Me aperfeiçoei a um casal de crianças gêmeas extremamente inteligentes René e Renate , eu os amava , mas a minha alegria não durou muito.
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AMOR EM TEMPOS DE GUERRA
RomanceCORRIA O ANO DE 1940. MILHARES DE PESSOAS FORAM PERSEGUIDAS, ATACADAS , E MORTAS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, ENTRE ELES OS ROMA, CIGANOS. APENAS 10% DA POPULAÇÃO QUE VIVIA NO PROTETORADO DA BOÊMIA E MORAVIA SOBREVIVEU AO HORROR DA ERA NAZISTA...