Capítulo quatorze

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Eu lutava para conseguir algumas poucas roupas para as crianças órfãs, viviam como trapos humanos e o frio era intenso.

Nós estávamos  indo bem apesar de serem muitos os que queriam estudar, muitas crianças  menores de quatorze anos , não  sabiam nem ler  direito . Fazíamos o que podíamos às  escondidas., e até eu estava ensinando.

As escolas eram clandestinas  , nestas horas a saudade de Otto apertava- me o peito. Otto iria amar ir a escola, e quem sabe fosse um estímulo  para ele falar?  Mas era tarde demais , ele estava morto.

NPassei a me ocupar do que estava vivo .

Muitos intelectuais se misturavam às  pessoas normais, cada qual passando o seu conhecimento, numa troca de igualdade necessária  para o crescimento humano
Eu achei lindo e me emocionada a cada aprendizado conquistado pelas pessoas presentes, a sua força  de vontade , arriscando a vida por um ideal.
Conheci várias  pessoas e as que dominavam a escrita , documentavam tudo que vivenciavam em cadernos que mais tarde viravam diários.

Eu passei a ensinar francês  e a bordar , mas lá  eu também era aluna e aprendi IÍdiche, uma língua nacional judaica, todos estavam aprendendo .

Confesso que estava me confortando estes meses com a escola. Aos poucos houve uma renovação  em meu ser.

Me aperfeiçoei  a um casal de crianças gêmeas  extremamente inteligentes René e Renate , eu os amava , mas a minha alegria não  durou muito.

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