Muitos ciganos naqueles dias foram vistos para os vagões de transporte para os campos de extermínio.
Eu estava de luto por ter perdido Otto . Uma criança que não fazia mal a ninguém, trabalhou como um homem , trabalhou exaustivamente de doze a treze , quinze horas por dia, assim como outras crianças.
Minha lágrima de canto de olho escondida rolova timidamente quando me lembrava da única diversão dele , que era quando ele conseguia fazer trocas com outras crianças adquirindo caixas de cigarros para recorta-la e fazerem delas jogos infantis.
Do jeito dele acho que ele sorriu um pouco.
Eu tinha muita saudades do meu Otto, o filho que eu tive e que me levaram .
Quando não somos fuzilados , somos aniquilados pelas doenças como tifo e inanição alimentação das mais precárias.
Organizei junto aos outros ciganos , reunindo toda a força que tinha , um grupo de estudos para que os que pudessem aprender não só a ler como outras culturas, conhecer mais sobre quem somos.
Eu era muito boa no francês. Minha família era cigana , mas o poder aquisitivo de meus pais me possibilitava ter um pouco de criação melhor.
Ele e minha mãe sempre dizia que a educação para nós ciganos era a base de tudo, Porque sempre fomos discriminados.
Nós vivíamos bem, entre os judeus e éramos integrados na sociedade alemã como cidadãos, gente inofensiva , embora éramos discriminados.
Resolvi arrumar para quem quisesse estudar , qualquer coisa que fosse porque precisávamos nos manter sóbrios e esperançosos e tudo tinha que ser as escondidas é claro.
Ali no gueto havia vários intelectuais, pessoas que queriam colaborar .
Esta nova fase tinha me dado algum alento .
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AMOR EM TEMPOS DE GUERRA
RomansaCORRIA O ANO DE 1940. MILHARES DE PESSOAS FORAM PERSEGUIDAS, ATACADAS , E MORTAS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, ENTRE ELES OS ROMA, CIGANOS. APENAS 10% DA POPULAÇÃO QUE VIVIA NO PROTETORADO DA BOÊMIA E MORAVIA SOBREVIVEU AO HORROR DA ERA NAZISTA...