Capítulo treze

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Muitos  ciganos naqueles dias foram vistos para os vagões  de transporte para os campos de extermínio.

Eu estava de luto por ter perdido Otto . Uma criança  que não  fazia mal a ninguém, trabalhou como um homem , trabalhou exaustivamente de doze a treze , quinze horas por dia, assim como outras crianças.

Minha lágrima de canto de olho escondida rolova timidamente quando me lembrava da única  diversão  dele , que era quando ele conseguia fazer trocas com outras crianças adquirindo  caixas de cigarros para recorta-la e fazerem delas jogos infantis.

Do jeito dele acho que ele sorriu um pouco.

Eu tinha muita saudades do meu Otto, o filho que eu tive e que me levaram .

Quando não  somos fuzilados , somos aniquilados pelas doenças como tifo e inanição alimentação das mais precárias.

Organizei  junto aos outros ciganos , reunindo toda a força que tinha , um grupo de estudos para que os que pudessem aprender não  só  a ler como outras culturas, conhecer mais sobre quem somos.

Eu era muito boa no francês. Minha família era  cigana , mas o poder aquisitivo de meus pais me possibilitava ter um pouco de criação  melhor.

Ele e minha mãe  sempre dizia que a educação  para nós ciganos era a base de tudo, Porque sempre fomos discriminados.

Nós vivíamos bem, entre os judeus e éramos integrados na sociedade alemã como cidadãos, gente inofensiva , embora éramos  discriminados.

Resolvi arrumar para quem quisesse estudar , qualquer coisa que fosse porque  precisávamos nos manter sóbrios e esperançosos e tudo tinha que ser as escondidas é  claro.

Ali no gueto havia vários intelectuais, pessoas que queriam colaborar .

Esta nova fase tinha me dado algum alento .

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