Capitulo vinte e dois

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Dias  terríveis  nos aguardavam .

Eu não  sabia mais o que fazer com a minha melancolia . Engolia o choro junto com a refeição  ruim .

Um bolo constante de amargura e revolta me  rondava o tempo todo.

Eu tinha que tirar forças  não sei da onde para sobreviver.

Piorou quando René  e Renate numa noite destas bem gélida me chamou a um canto e pediu  que juntasse o Dedo indicador ao das duas .

Gesto estranho pensei , mas fiz pois não  era do meu perfil entristecer mais o ambiente em que estávamos  vivendo.

Obedeci  e perguntei :

- Para quê  meninas ? O que é  ?

-  Não  tem vela Barbel .

Cantemos assim mesmo bem baixinho para não nos ouvir.

- Certo , respondi e
retruquei , :

-  É  algum sinal? Na atual circunstância  tudo era válido  para nós comunicar.

As meninas balançaram  a cabeça  negando e começaram a cantar um parabéns  fraco , inaudível.

Eu as acompanhei  e ao final as duas assopraram   os dedos  .

Renate falou primeiro :

- Pelo que me lembro , hoje seria o aniversário  de mamãe , se ela estiver viva , quem sabe não  sinta que estamos sempre lembrando dela.

Minhas lágrimas  rolaram por minha face sem que eu percebesse , assenti com um fechar de olhos e abri novamente; respirei fundo e as  chamei para mais perto em um abraço coletivo.

Baixinho disse  :

- Parabéns para a mamãe  .

Logo em seguida coloquei as duas para dormir cantando novamente parabéns  até  que o sono chegasse .

Na manhã  seguinte ,  os soderkomandos  a levaram .

AMOR EM TEMPOS DE GUERRA Onde histórias criam vida. Descubra agora