O homem ali na minha frente era branco e cheiroso , de um sombrio olhos azuis que rapidamente olhei e abaixei minha cabeça . Eu estava com vergonha e impressionada com o guarda da SS.
Tinha que ter coragem para enfrenta-lo , visto que uma idéia passeava por minha cabeça, bem antes do sumiço de René e Renate. Eu queria garantir a nossa vida ali.
- O que você quer?
- Onde estão minhas filhas , saber delas.
- Porque prisioneira ?
O homem chegou para mais perto me observando, eu não conseguia transmitir o que estava sentindo no momento, as emoções estavam confusas para mim.
Aquele homem me intimidava, mas eu estava confiante que iria enfrentar o medo , quer dizer meio confiante.
- São minhas filhas , quero-as de volta. Minha voz soou fraca , mas falei.
O guarda da SS , aquele homem que me apavora continuou a me olhar curiosamente; era um contraste entre a pobreza e a riqueza , o ser poderoso e a não ser poderosa em nenhum aspecto.
- Você , violou todas as
regras , está aqui agora e porque devo acata- las? Eu sou o Frau- Her.- Eu sei , e sei que tem muita força, poder . Quero apenas as minhas filhas comigo até o dia da minha morte. Porque eu sei que vamos todos morrer. Eu vou.
- Qual é o seu nome? , ele praticamente ignorou o número no meu braço e ficou esperando a resposta.
-Barbel Zoka, cigana.
- Suas filhas não se parecem com você. Está mentindo vaca?
- São minhas filhas e faço e farei de tudo por elas Frau- Her.
O homem soltou uma gargalhada estridente e ficou logo sério.
- E em troca do que quer a liberdade de suas vaquinhas?
MEU DEUS,! eu já nem sabia se tinha o que falar , mas eu tinha que falar.
- Eu sei que elas estão lá sei onde para mais crueldade e depois extermina- las. Sei que o Dr Menguele as quer, mas são minhas filhas .
Eu já tinha abandonado a pouca coragem e dei espaço para a súplica .
- Realmente.
Esta foi a sua curta resposta à minha afirmação, me descontrolando diante da veracidade dos fatos.
- Faço o que quiserem. Me leve e deixe-as.
- Tirem está maluca daqui e a matem. Berrou ele.
- Não! Gritei e tirei a minha roupa rapidamente me desnudando dos trapos que cobriam- me.
Meu corpo nu exposto para executar o que tinha em mente.
- Eu trabalho no quarto que estão criando para servir vocês.
Outra gargalhada seguida de um aceno com os braços, impedindo os outros guardas de atirarem contra mim.
- Saiam. Falou o Frau Her.
Todos os dois saíram e somente eu fiquei ali nua.
Completamente desvairada esperando o que viria do Homem tenebroso ali na minha frente.Me olhava como se eu fosse o que eu era mesmo.
Um nada. Um nada para ele.
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AMOR EM TEMPOS DE GUERRA
RomanceCORRIA O ANO DE 1940. MILHARES DE PESSOAS FORAM PERSEGUIDAS, ATACADAS , E MORTAS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, ENTRE ELES OS ROMA, CIGANOS. APENAS 10% DA POPULAÇÃO QUE VIVIA NO PROTETORADO DA BOÊMIA E MORAVIA SOBREVIVEU AO HORROR DA ERA NAZISTA...