Enterrei Vladimir mais rápido do que o cortejo que o levou ao cemitério.
Agarrada aos meus filhos , eu estava conformada .
Tinha vivido tantas tragédias e esta era apenas uma que fazia parte de meu Curriculum, mas a dor existia e se fez presente, era tudo um só sofrimento acumulado aos outros .
E tinha as crianças que estavam inconsolaveis.
Pouca gente no enterro , algumas flores no humilde caixão e tudo terminado.
A princípio fiquei sem saber o que fazer , mas as idéias foram clareando e eu me vi arrumando as roupas de meu marido para doar na igreja que frequentávamos , embora respeitassem as nossas tradições, a nossa formação era aquela depois de tudo que passamos.
Eu tinha que fazer isto enquanto estava tomada de coragem e o fiz.
O passo seguinte além de confortar Bóris e Renate foi vender o que Vladi tinha deixado. Quase nada mas que servia para os próximos meses juntamente com a minha renda da loja de livros.
Fomos nos acostumando com o nosso presente , eu me desdobrava na loja de livros e as crianças em uma escola .
Pensei em voltar para o
acampamento onde vivia meu povo , mas o que eu iria fazer lá com dois filhos pequenos?
Tantos pensamentos e planos que foram descartados à medida que vivíamos nossas estórias. Meus filhos tinha as suas e eu as minhas .
E o ciclo da minha família passa por uma nova etapa .
Recomeçar , esta era a nossa meta .
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AMOR EM TEMPOS DE GUERRA
RomanceCORRIA O ANO DE 1940. MILHARES DE PESSOAS FORAM PERSEGUIDAS, ATACADAS , E MORTAS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, ENTRE ELES OS ROMA, CIGANOS. APENAS 10% DA POPULAÇÃO QUE VIVIA NO PROTETORADO DA BOÊMIA E MORAVIA SOBREVIVEU AO HORROR DA ERA NAZISTA...
