Continuamos em nossa marcha fúnebre eu e o garoto que por nada largava a minha mão.
A morte nos rondava a todo momento.
Eu sentia que não viveria por muito tempo .
O menino sem nome não me largava , eu sequer tinha coragem de abrir a boca .
Os guardas berravam : _ Aqui , venham!
A arma o tempo todo apontada para nossas cabeças; eu não tinha nada nas minhas mãos, nenhum pertence , apenas o menino sem nome , ele era a minha única família agora.O lugar em que estávamos era um campo de concentração e fomos separados dos homens .
Por sorte o menino sem nome foi empurrado junto a mim.
Uma mulher que estava ao meu lado começou a chorar alto após ver- se separado de seu companheiro.
Sem dó , foi fuzilada na frente do homem espirrando sangue e manchando o chão coberto de neve.
O caos total e desesperador , o seu corpo ficou ali enquanto íamos sendo levados ao acampamento cigano.
Todos nós ciganos estávamos lá. Um amontoado de pessoas desconhecidas a mim e sem identidade.
Tiramos as roupas por ordens dos soldados e a vergonha de estarmos nus , não era maior que a vergonha de não saber o que viria depois.
Todas nuas , as crianças também.
Estávamos em lodz , nossa morada e nosso primeiro inferno.
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AMOR EM TEMPOS DE GUERRA
RomansaCORRIA O ANO DE 1940. MILHARES DE PESSOAS FORAM PERSEGUIDAS, ATACADAS , E MORTAS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, ENTRE ELES OS ROMA, CIGANOS. APENAS 10% DA POPULAÇÃO QUE VIVIA NO PROTETORADO DA BOÊMIA E MORAVIA SOBREVIVEU AO HORROR DA ERA NAZISTA...