Capítulo cinquenta e cinco

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Barbel sentiu um gosto amargo na boca , estava sozinha naquele quarto há  exatamente uma semana .

Todos os guardas haviam ido embora , nem sinal do soderkomando 62273 ; será  que fora morto?

Apesar de ser protegido e ter seus segredos poderia ele ter se metido em situações de perigo .

A cabeça  de Barbel dava voltas pensando em todos os acontecimentos e nas pessoas que se foram .

Karl tinha avisado  que iria demorar para se verem novamente.

Ali tinha comida o suficiente mas ela não  achava que o lugar era seguro , este era o motivo da sua inquietação.

Ela não  se sentia em segurança  e sozinha se sentia frágil embora Karl afirmasse que estaria bem ali .

Então  procurou se entreter com os livros que este lhe trouxera e jornais .
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   No meio da semana ninguém  veio estar com ela ,
Tentou espiar pela fresta de uma porta  do quarto , para ver se tinha alguma movimentação  do lado de fora , mas tudo era um silêncio inquietador .

Barbel não se sentia bem ali.

Banhou-se como de costume no próprio  quarto na banheira  existente no outro cômodo, o improviso não lhe trazia conforto algum e ela clamava pela presença  de Karl.

Comeu algumas batatas cozidas e recostou- se na cadeira em frente à  cama com o jornal em mãos.

O cansaço  da solidão fez com que esta cochilasse despertando após ter ouvido  um barulho na porta .

Abriu os olhos , levantou lentamente mas foi surpreendida com uma mulher já  dentro do quarto,
com a  arma em punho e ao lado dela estava Batel.

- Então  é  você  a vadia que dorme com meu marido?

Barbel zoka olhou de uma mulher  para outra sem compreender .

- Quem é  você? Barbel conseguiu enfim falar após  se recuperar do susto que havia levado.

Um sentimento de medo se alojou em seu peito por conta da arma apontada .

- Quem é  você?

Batel estava transfigurada pelo ódio e a desconhecida mantinha o desprezo no semblante enquanto lhe apontava a arma.

- Você não  morreu , mas agora vai morrer  ouviu de Batel.

Esta cuspia as palavras enquanto a desconhecida não  soltava a arma.

- Batel,! disse a mulher,  vigie o local e a porta  porque quero dizer algumas palavras a esta cigana imunda antes de vê- la destruída na Câmara  de gás.

Diante  daquelas palavras Barbel sabia que tinha que lutar para sair com vida dali .
Tentou então ganhar tempo e tornou a perguntar :

- Quem é  você?

- Irena. Mulher de Karl. Você  pensou que iria continuar a se encontrar com ele e não  ser descoberta ?

Barbel não  esperava ouvir o que ouviu .

Karl era casado?

Um gelo de pavor  percorreu a sua espinha e sem pensar, numa rapidez chutou a arma da mão  da mulher e esta foi ao chão.  Não  dava tempo e Barbel saiu correndo para fora , enquanto Batel que estava do lado de fora tentava alcança- la em vão.

Irena gritava feito louca :

- Imunda , eu vou te matar!
Barbel mesmo mancando corria sem parar rumo à  mata tentando escapar.

Um tiro surdo se ouviu ao longe fazendo com que Barbel corresse mas tropeçou  e caiu em um buraco.


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