Capitulo quarenta e sete

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Uma hora depois do ocorrido , eu estava em um lugar  onde levavam alguns  corpos dos presos para serem  cremados , entendi que seria assim o meu destino.

Era agora que eu iria morrer .

René  e Renate  também  teriam o mesmo destino.

Estava tudo acabado e eu nada poderia fazer. Eu não  estava preparada para morrer .

Eu queria viver.

Os corpos estavam um amontoado no outro , os soderkomandos tiravam das bocas dos mortos os dentes de ouro e levavam -nos   para o crematório. 

Alguns tinham o que perder mesmo depois de estarem naquela situação  mortal.
Me vi em uma vala , estava sombrio e gelado .

Me cobriram de terra , olhos e bocas cheios de areia fedida e molhada, eu sufocava .
Fiquei ali por horas , uma eternidade em que , desfalecida  mas ao longe ouvia a voz grossa de Batel vociferando perdigotos  até  que tudo silenciou .

Estava sendo enterrada viva .

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