Capítulo 7 Antony

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Carolina coloca sobre a mesa um relatório do último trimestre enviado pelo financeiro e que será repassado para os associados após a minha assinatura no mesmo.

Acompanhei seu movimento, o mesmo que fez com que a manga do blazer subisse um pouco levando junto a manga da camisa, pude ver uma marca roxa, quase negra um pouco acima do pulso.

Ela puxou o braço rapidamente ajeitando a manga no lugar, quando percebeu meus olhos nela, mas mesmo que tenha sido rápido, por apenas poucos segundos tenho certeza do que vi!

- Se machucou novamente? Pergunto vendo ela mais uma vez ficar nervosa e com os olhos esbugalhados.

- Eu cai. Ela fala com a voz vacilante.

E mais uma vez ele teve uma reação estranha para quem sofreu um simples queda.

Carolina chamou a minha atenção desde o primeiro momento que a vi, a princípio por sua bela, a pele clara e pálida, os olhos grandes e os cabelos ondulados moldando o rosto, ainda me chamam a atenção, principalmente quando suas bochechas coram, fica mais bonita ainda.

Sempre que olho para ela me vem a lembrança de uma loja de bonecas de porcelana que Anny me fez entrar uma vez quando fomos a França em uma viajem em família, acho que isso foi a uns dez anos, mas cada vez que olho para ela revivo essa lembrança, e eu poderia jurar que as bonecas foram inspiradas nela se não tivesse a certeza de que ela nunca esteve na França!

Já tem um mês que ela está aqui, e neste tempo além da beleza natural que ela tem, outras coisas me chamaram a atenção nela.

Como eu suspeitava ela é uma pessoa observadora e muito inteligente, ela se adaptou muito bem as atividades dela aqui, tanto que com um mês de trabalho parece que ela esteve aqui a vida toda!

E observando ela, uma hábito que adquirir sem que ela perceba, e sim eu sei o quanto é estranho ficar observando outra pessoa sem que ela veja, mas o que posso fazer, não consigo evitar.

Percebi que ela é retraída, mas não é tímida, normalmente as duas coisas estão associadas, mas este não é o caso dela.

Já vi ela falando por telefone, ela teve uma boa desenvoltura, assim com também já vi ela interagindo com as colegas de trabalho e não parecia nada retraída, essa retração aparece quando ela está na  presença do sexo oposto, de homens, e acredito se tornar um pouco maior na minha presença.

Não que eu não tenha minha parcela de culpa nisso, como já disse gosto de vê-la corar e percebi que isso acontece muito quando ela fica nervosa.

Eu gosto de deixá-la desconcertada as vezes só para vê-la corar, ela deve me achar um babaca por isso, mas é outra coisa que não consigo evitar!

Além disso tem outra coisa que vem chamando a minha atenção para ela , sendo que está tem me deixado preocupado. Está não é a primeira vez que a vejo machucada, não verdade é a terceira em um mês!

A primeira foi logo no primeiro dia de trabalho dela, Carolina estava como rosto inchado e quando questionei ela me disse que caiu, confesso que duvidei e ainda duvido que ela tenha me dito a verdade, por causa da reação dela quando perguntei,  por que me parece estranho, ela pareceu ficar assustada com a minha pergunta, o que não é normal.

Na segunda semana dela aqui, enquanto a observava sem que ela soubesse vi ela mancando, e também notei que sempre que estava na presença de alguém ela tentava disfarçar.

Desta vez eu não falei nada, até por que, o que eu iria dizer? Olha tava te espiando e vi você mancar?

Como eu disse eu sei o quanto isso é estranho, e ela pode acabar achando que eu sou algum tipo de tarado ou algo assim!

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora