Capítulo 35 Carolina

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Já faz alguns minutos que todos acabaram de comer, as comidas já foram retiradas da mesa, mas ninguém saiu dela ainda. Continuam todos aqui conversando, fazendo brincadeiras e rindo. Eu gosto deste clima que tem entre eles, mas estraria apreciando mais a companhia de todos se eu não estivesse me sentindo péssima com Antony.

Quando estávamos na casa dos meus pais, por um momento achei que ele diria, mas não disse. E depois disso confesso que passei alguns dias esperando que ele dissesse e ate tentei me preparar para isso, pensando em como eu iria responder e como seria o momento.

Mas ele não disse, semanas se passaram e eu abandonei esta ideia, me convenci que não iria acontecer. Embora moremos juntos, dividimos a mesma cama e Antony seja maravilhoso comigo, o máximo que ele me disse sobre os seus sentimentos é que se preocupa comigo e que sou importante para ele, mas isso não é amor.

Eu não queria ficar criando expectativas e depois me frustrar, nem mesmo um pedido de namoro teve, eu não estou dizendo que queria algo romântico, com flores e corações como nos livros de romance.  

Mas se ao menos tivéssemos conversado sobre o que temos, mas nem isso. Antony nunca tocou no assunto e eu tambem não por que tive medo que ele se sentisse pressionado a alguma coisa. Não queria que ele assumisse um compromisso comigo só por que se sentiu pressionado.

Então decidi que não criaria mais expectativas, viveria e aproveitaria o que temos hoje, parei de tentar entender os meus sentimentos em relação a ele! Sabe aquela historia de tratar ficante como ficante, pois bem foi mais ou menos isso que eu coloquei na minha cabeça.

Foi a forma que eu encontrei de me blindar emocionalmente!

Eu já me machuquei demais e não quero ter que reviver tudo novamente, por que eu estava tão apaixonada ao ponto de não perceber os sinais, como fiz com Cléber.

Então quando ele disse que me ama, eu praticamente fiquei em choque, não sabia o que dizer e nem como reagir, e depois dos primeiros minutos parecia que dizer de volta não soaria sincero e não dizer deixaria ele magoado, e eu não encontrava palavras para concertar tudo.

E agora eu nem consigo olhar para ele sem sentir vergonha e uma perfeita idiota!

Ele disse que me ama e eu estraguei tudo! 

Parabéns Carolina você é um gênio!

Sai dos meus pensamento com Peny estalado os dedos na frente do meus rosto.

- Voltou para terra? Nem estava ouvindo agente né? Ela me acusou colocando uma mão na cintura.

Senti minhas bochechas esquentarem no mesmo instante.

- Sinto muito, acho que eu estou muito cansada, o dia foi cheio hoje, acabei divagando aqui. Me justifiquei aproveitando a oportunidade para poder voltar para o quarto e me culpar mais um pouco.

- Eu já vou me deitar, nos falamos amanha, boa noite a todos! 

Me levantei da mesa enquanto os outros me desejam boa noite. 

No quarto peguei meu pijama e fui para o banheiro me trocar e escovar os dentes. Quando sai do banheiro, me preparei mentalmente para encontrar com Antony no quarto, pensei que ele viria atrás de mim, mas me enganei ele não veio! Apaguei a Luz e fui direto para cama me enfiei embaixo da coberta e passei os minutos seguintes remoendo a minha besteira e me perguntando como eu vou concertar isso.

Depois e um tempo deitada sem conseguir dormir, mesmo que meu corpo grite de exaustão, ouvi a porta do quarto ser aberta e mesmo não virando o rosto e estando deitada de lado e de costas para a porta, de alguma forma eu sabia que era ele.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora