Capítulo 8 Carolina

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Olho o relógio na parede da cozinha que marca sete e quarenta da noite, volto minha atenção para panela no fogo e viro a omelete nela.

Eu preciso terminar de arrumar a minha mala, aproveitei que o Cleber passou a tarde inteira fora para fazer isso eu só não sei como vou fazer para contar para ele que eu vou precisar ficar uma semana fora.

Quando o senhor Antony falou para mim da viagem eu senti todo o sangue fugir do meu corpo, acho que faltou um tiquinho assim para eu cair dura no chão!

Sim eu sabia que eu teria em algum momento que viajar por causa do trabalho, meu chefe já havia me prevenido, mas não achei que fosse ser tão já, só faz um mês que eu tô trabalhando lá e também não achei que seria por uma semana se eu fosse ficar um dia fora ou dois o Cléber já iria surtar, mas uma semana me faz sentir um frio na espinha, Só de pensar que eu ainda preciso contar para ele!

Coloco o omelete já pronto no prato com um pouco de arroz e uma salada de tomate, pego o garfo na gaveta do armário da cozinha e me sento a mesa.

Começo a comer tentando fazer uma lista mental de tudo o que preciso colocar na mala e depois começo a excluir o que já coloquei tentando manter na minha mente apenas os itens que faltam nela!

Depois de comer lavei a louça e arrumei a a cozinha, estava terminando de secar a louça, quando dei um pulo de susto com o grito do Cleber chamando meu nome!

- Carolina!!

No mesmo no mesmo instante senti meu coração bater na boca e acho que meus olhos estão tão esbugalhados que mais um pouco caem do meus rosto!

Cleber saiu daqui dizendo que iria ensaiar com a banda pois tinham uma apresentação hoje, normalmente nesses dias ele só volta para casa de madrugada.

Achei que hoje não seria diferente, mas eu não podia estar mais enganada!

E o pior é que eu nem ao menos ouvi ele chegar, por um lado isso é um bom sinal, se ele conseguiu entrar em casa em silêncio significa que está sóbrio, se estivesse bêbado eu teria ouvido o barulho do portão da frente sendo aberto, antes mesmo dele conseguir abrir.

Mas a parte ruim é que fui pega completamente de surpresa e como não estava esperando que ele chegasse em casa a essa hora deixei a mala que eu estava arrumando sobre a cama e pelo grito dele suspeito que ele já tenha visto ela!

Deixei o pano de prato sobre o encosto da cadeira e caminhei para fora da cozinha sentindo minhas mãos já começando a tremer e rezando mentalmente que minhas suspeitas estejam erradas.

Eu sei que vou ter que contar para ele sobre a viagem, mas encontar uma mala minha sobre a cama não é a melhor forma!

- Carolina! Ele berra mais uma vez me fazendo pular novamente.

- E-estou aqui Cleber... Respondo em um fio de voz enquanto caminho pela sala sentindo agora as minhas pernas tremerem.

E para o meu azar minhas suspeitas estavam certas, Cleber não está na sala o que significa que ele está no o quarto!

Antes mesmo que eu conseguisse chegar na porta do quarto Cléber passou por ela bufando feito um boi bravo e batendo os pés no chão com força.

Eu simplesmente congelei no lugar, meu medo é tanto que eu não conseguia me mover, sem falar uma palavra ele veio na minha direção agarro meu braço com força e usando toda a sua brutalidade praticamente me arrastou para o quarto.

Assim que entramos no mesmo Cléber me deu um empurrão me jogando na direção da cama me fazendo cair em cima da mala sobre ela.

- Que porra é essa Carolina! Ele grita enquanto me joga sobre a cama.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora