Capítulo 15 Carolina

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Quando o jato pousou no aeroporto de São Paulo meu coração praticamente martelava dentro do meu peito e isso nada tem a ver com o meu recém descoberto medo de voar!

Diferente da ida que simplesmente apaguei alguns minutos depois da decolagem, desta vez vim o tempo todo acorda.

Sem conseguir me manter quieta na poltrona me mexi o vôo todo, e claro que isso não passou despercebido por Antony!

Eu estou nervosa por não saber para onde vou hoje, por não ter conseguido um lugar para ficar, por não saber o que vou fazer amanhã, por que mesmo que eu encontre um lugar barato para dormir hoje, não poderei continuar lá por mais dias até encontrar uma casa!

Depois que as malas fora retiradas do avião, a dona Liz e o senhor Carlos se despediram do Antony e depois de mim, confesso que fiquei surpresa por eles terem dado a mim a mesma despedida que deram o filho!

- Para onde você vai agora? Antony pergunta pegando a minha mala antes de mim.

- Pegar um taxi... Respondo evasiva.

Antony revira os olhos para mim.

- Para ir onde? Quero saber onde vai morar! Não me diga que está pensando em voltar para a casa onde morava? Antony questiona desta vez me encarando.

Era quase como se ele estivesse me desafiando a dizer que voltaria a morar com o Cléber!

- Não, claro que não. Ele ainda deve estar furioso por eu ter saído de casa, só voltaria para lá se estivesse cansada de viver! Responde e vejo ele suspirar aliviado.

- Então para onde vai? Ele pergunta novamente.

Suspiro resignada, decidindo falar de uma vez para ele, não acredito que ele vai aceitar ficar sem uma resposta.

- Eu ainda não sei, vou procurar um hotel para passar a noite e amanhã bem sendo procuro um lugar para morar que esteja dentro do meu orçamento!

Antony me encara por alguns segundos absorvendo o que acabei de dizer.

- Você não tem ninguem que possa te oferecer um abrigo por alguns dias para que possa procurar um lugar com calma?

Nego com a cabeça e ele parece surpreso.

- Nem uma amiga? Nego novamente.

- Cleber não me deixa ter amigas, dizia que não queria pessoas estranhas dentro de casa, que isso acabaria com a privacidade dele em casa e tambem não gostava quando sai sem ele de casa, é impossível fazer alguma amizade nesses termos! Falo desviando o olhar dele quando vejo seus olhos se estreitarem e suas pupilas dilatarem.

Mesmo que eu não estivesse olhando diretamente para ele sabia que seus olhos estavam em mim, Antony não disse nada por longos minutos, escutei quando ele bufou e automaticamente voltei a encará-lo.

Sua expressão tinha se suavizado e seus olhos parecem mais calmos.

- O desgraçado te manteve afastada das pessoas por que assim não tinha como pedir ajuda e nem para onde ir e estaria sempre presa a ele! embora sua expressão estivesse suavizado sua voz mostrava que ele estava irritado.

Antony solta a alça da sua mala de todinhas e passa a mão pelos cabelos, abri e fechei a boca tentando dizer algo, mas nada veio, pelo menos nada que não confirmasse o que ele disse e o deixasse mais irritado!

Ele soltou um suspiro alto e depois voltou a segurar a laça da sua mala de rodinhas. 

- Vem, sei onde você pode ficar ate conseguir um lugar! Antony fala começando a caminhar.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora