Capítulo 16 Carolina

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Acordei em um pulo, levei minha mão ao peito sentindo meu coração bater rápido e minha respiração estava ofegante.

Foi só quando um clarão iluminou o quarto que eu entendi o que estava acontecendo, o que tinha me feito acorda!

Um trovão!

Olhei pela janela com as cortinas meios abertas, o vento sopra forte do lado de fora, balançando os galhos das árvores na calçada.

Droga!

Eu sempre tive medo de tempestades!

Quando era menina sempre corria para o quarto dos meus pais em qualquer sinal de chuva!

Apertei os olhos e a coberta nas minha mão quando ouvi um novo trovão, um pouco depois o quarto se iluminou novamente com a claridade de um novo raio.

Me levantei da cama e corri ate a janela puxei as cortinas para fecha-las e depois corri para a cama novamente, me deitei e puxei a coberta para cima da minha cabeça com o intuito de abafar o som do trovão e a claridade dos raios.

Não adiantou muito, pelo menos não em relação ao trovão, cada vez que ouvi um novo trovão pulava na cama de susto e medo!

Quando o barulho da chuva se intensificou batendo no vidro da janela, decidi me levantar não conseguia mais ficar em baixo das cobertas, estava começando a entrar em pânico!

Resolvi tomar um copo de leite quente, talvez isso me ajude a dormir novamente e eu não enlouqueça com o barulho da chuva!

Involuntariamente me veio a mente uma lembra da ultima tempestade que passei ao lado de Cléber, a casa que morava com ele não era nova, e parecia que o vento iria destelhar a casa toda, eu estava morrendo de medo, meu corpo todo tremia e Cléber começo a brigar comigo por que eu estava balançando a cama e atrapalhando ele a dormir!

Balancei a cabeça de um lado para o outro tentando me livrar dessas lembras, já passou e segundo o advogado que o Antony trouxe aqui para falar comigo, ele disse que leva uns dias para o boletim de ocorrência que eu fiz em Curitiba chegar em São Paulo, mas assim que chegar ele cuidaria para que Cleber fosse intimado a depor o mais rápido possível e depois para que o processo seguisse na mesma velocidade!

Honestamente não vejo a hora de isso tudo passar e o Cléber pagar por tudo o que ele me fez passar e eu nunca mais precisar vê-lo na minha frente!

Sai da cama e calcei meu par de chinelos, olhei para o meu corpo eu estou dormindo com uma shorts curto e uma camiseta regata, peguei o celular na lateral da cama e apertei o botão da lateral para ver a hora.

Quando a tela se acendeu vi que são três e quarenta da manhã, olhei novamente para as minhas roupas e decidi sair do quarto e ir ate a cozinha assim mesmo. Eu não apareceria assim na frente no Antony, mas acho que a essa hora da madrugada não corro o risco de encontra-lo lá embaixo ou no corredor.

Acho que ninguém além de mim iria perambular pela casa a essa hora da noite e no meio de uma tempestade dessas!

Sai do quarto e caminhei pelo corredor com passo cuidadosos para não fazer barulho, mesmo eu achando que se ele já não estiver acordado pela chuva, não serão os meus passos no corredor que faram isso!

Depois de descer as escadas segui para a cozinha, peguei uma caixa de leite na geladeira e depois fui para o armário para pegar uma xicara. A parte do armário onde ficam os copos e xicara é composto por duas portas de madeira na mesma pegada rustica da sala.

Abri as portas e fiz um biquinho olhando para as prateleiras altas onde o que procuro se encontra, o armário é suspenso na parede e embaixo dele fica uma balcão com alguns eletrodomésticos, como cafeteira, torradeira e outros itens de cozinha.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora