Capítulo 14 Carolina

309 41 1
                                    

Depois do café da manhã Antony e o senhor Carlos saíram a trabalho e eu fiquei um pouco na sala de estar conversando com a dona Liz, quanto mais converso com ela mais a admiro.

Depois de um tempo conversando pedi licença para vir para o quarto arrumar minhas coisas, voltamos para São Paulo hoje a tarde!

Mas a verdade é que eu me sinto inquieta, estou nervosa e não sei o que fazer, eu não consegui um lugar para ficar, e para completar quando o avião pousar em São Paulo já vai ser noite.

Talvez eu consiga pagar uma diária de hotel, desses bem baratos mesmo, mas e depois para onde eu vou? Não tenho como bancar várias diárias mesmo que o hotel seja do mais barato.

Eu até pensei em pedir para o Antony me adiantar uma parte do salário do próximo mês, para que eu consiga pagar o primeiro mês de aluguel, normalmente quem aluga quer receber um mês adiantado, mas o problemas é que com tudo o que houve eu acabei não conseguindo muito tempo para procurar um lugar para ficar.

Eu até liguei em alguns números que consegui pela internet, mas a burocracia e o fato de eu estar em outro estado não me ajudou!

Eu não posso voltar para a minha antiga casa, por mais que tenha denunciado o Cléber duvido que ele tenha sido preso, neste momento ele deve estar cuspindo fogo de raiva por eu ter fugido, aparecer lá é assinar meu atestado de óbito!

Enquanto eu arrumava minhas  coisas mala, minha cabeça não parava de tentar pensar em alguma forma de eu não dormir na rua, mas nem uma ideia vinha e depois de um tempo comecei a me sentir sufocada!

Parecia que o quarto estava ficando menor, e o ar mais quente e pesando, estava me sentindo claustrofóbica, parecia que eu sufocaria a qualquer momento!

Decidi abandonar a mala e sair do quarto, precisava tomar um ar, sai pela porta dos fundos, dei a volta na casa encontrando um jardim do outro lado.

O lugar era composto por um gramado com um caminho de dormentes retangulares seguindo até alguns bancos de madeira.

Distribuído pelo gramado tem três árvores que julgo ser todas frutíferas, já que uma delas reconheci como uma Laranjeira.

Todo o contorno do jardim é composto por canteiros de rosas coloridas, acho que todas as cores de rosas existentes no mundo estão aqui neste jardim!

Mas o que mais me chamou a atenção foi o canteiro de rosas vermelhas, além de ser maior que os outro as flores parecem mais vivas e viscosas e se enroscam em uma espécie de pergolado formando um arco!

Não resisti a voltando de admirar as rosas mais de perto e de poder sentir seu perfume, sai do caminho de dormentes e caminhei pelo gramado até o canteiro das rosas.

As rosas são tão grandes e bonitas que nem parece ser de verdade, aproximei meu rosto de uma rosa que estava pendurada no pergolado quase na altura da minha cabeça.

Fechei os olhos e inspirei o seu perfume, gosto do cheiro das rosas desde que me lembro, é uma das minhas flores preferidas!

- Cuidado se pegar uma rosa terá uma dívida com a fera! Ouço a voz brincalhona de Antony atrás de mim um pouco distante.

Me afastei das flores e girei o corpo em uma ângulo de noventa graus para poder vê-lo.

Antony ainda está vestido com a calça social preta e camisa branca que usava no café da manhã, mas agora não está usando gravata e palitó.

A camisa branca está com as mangas dobradas até o cotovelo e os três primeiros botões estão abertos, revelando o incio do seu peito, em seu rosto um óculos de sol negro cobre os olhos azuis como o céu em um dia límpido.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora