Capítulo 5 Carolina

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Como esperado quando voltei para casa da entrevista de emprego Cléber não estava em casa.

Quando ele chegou já passava da meia noite, completamente bêbado, batendo portas e derrubando coisas pela casa.

Eu me mantive deita e fingindo dormir, descobri a um tempo que essa a melhor forma de não me tornar um alvo para ele.

Quando ele chega em casa neste estado o simples fato de eu respirar perto dele é motivo para ele transferir toda a violência que ele está depositando nas portas e objetos para mim.

Cobri minha cabeça e tentei ficar o mais imóvel possível na cama, escute barulhos pela casa por mais um tempo, quando ouvi ele vomitando precisei me segurar ao máximo para não soltar um suspiro de frustração e raiva!

Como sempre a bagunça vai sobrar para mim arrumar e limpar amanhã!

Não sei dizer quando tempo mais levou até que a casa ficasse em um complemento silêncio. A cada novo barulho eu sentia meu coração dar um salto em meu peito.

Quando o barulho finalmente parou, deduzi que ele dormiu no sofá já que não veio para cama.

O que para mim é um alívio, pelo menos não vou precisar dormir com uma pessoa fedendo a bebida ao meu lado!

Por um momento pensei em me levantar e conferir se ele realmente estava dormindo, mas depois desisti. Preferi não correr o risco, vai que ele está acordado e eu acabe toda roxa!

Mesmo depois de todo o barulho ter acabado, eu ainda levei um tempo para me acalmar e acalmar meu coração que batia feito uma bateria de escola de samba no meu peito.

Quando eu finalmente consegui dormi já passava das três da manhã!

Acordei com um feixe de luz do sol entrando por uma fresta na lateral da janela e vindo direto para o meu rosto.

Esfreguei os olhos e depois me virei na cama, olhei para o lugar vazio na cama, não há sinal de que Cléber tenha se deitado aqui em algum momento.

Me sentei na cama e joguei as pernas para fora da cama, calcei meu par de chinelos e me levantei da dela.

Fui até a cômoda onde deixe meu celular carregando noite passada, retiro o mesmo do carregador e vejo a tela se acender mostrando o horário na tê-la.

Fiquei surpresa ao ver que já passa das nove da manhã, tenho o hábito de acorda bem cedo todos os dias. Gosto de começar a entregar currículos bem cedo, por isso acabo acordando cedo mesmo quando não vou procurar emprego!

Devolvo o celular na cômoda e vou para o banheiro no pequeno corredor que liga o quarto a sala.

A casa de um modo geral é pequena apenas três cômodos além do banheiro, os três em tamanho reduzido.

No banheiro fiz xixi, escovei os dentes e lavei o rosto. Saio do banheiro me preparando mentalmente para ver a bagunça que deve estar o restante da casa.

Quando entrei na sala a minha vontade era de chorar, a mesinha redonda de três pés que fica no canto da sala está caida de ponta cabeça em cima de uma poça de vômito no meio da sala, o porta retrato com a única foto em família que eu trouxe da minha família está caído no chão com o vidro quebrado.

Tem mais poças de vômito espalhadas pelo chão, deixando praticamente todo o cômodo sujo e fedendo.

O cheiro de bebida e vômito misturado faz meu estômago embrulhar, levo a mão na boca combindo ela e o nariz em uma tentativa de controlar a anciã que sobe pelo meu esôfago.

Olho para o sofá de três lugares o único na sala, Cléber está largado sobre ele completamente apagado, com um braço pendurado para fora do estofado e a mão no chão encima de mais vômito.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora