Capítulo 9 Carolina

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Já fazia um tempo que eu está deitada no chão, achei que a dor ia começar a ceder em algum momento, mas ela só piorou!

Meus braços e pernas estão cada vez mais  marcados, as marcas vermelhas foram dando lugar para as roxas, estão horríveis!

Fecho os olhos e respiro fundo antes de tentar me levantar e como esperado um movimento mínimo me fez gemer de dor.

Parece que minha barriga está se abrindo ao meio, trinquei os dentes e tentei mais uma vez, de vagar e com muito esforço consegui me sentar no chão.

Respirei fundo novamente e cerrei os dentes novamente para conseguir suportar a dor que parece rasgar meus músculos conforme ia tentando ficar em pé.

Ainda bem que o quarto é pequeno, não precisei de muito para conseguir alcançar a cama.

Me sentei nela por alguns minutos esperando que a dor diminuísse nem que fosse só um pouco para eu conseguir me levar e ir até a cômoda.

Com muito esforço consegui alcançar a cômoda, abri a primeira gaveta e procurei entre alguns papéis e documentos dentro da gaveta uma cartela de analgésico que tenho quase certeza que guardei aqui.

Por fim encontrei a cartela de paracetamol, destaquei um comprimido e coloque na boca, olho pelo quarto mesmo sabendo que não tem nem um copo com água aqui.

Tento acumular um pouco de saliva na minha boca para ajudar a engolir o comprimido. Cléber não abriu a porta quando chamei, não acho que teria muito sucesso em pedir um copo de água!

Tentei engolir o comprimido, mas  ele é enorme, precise de mais três tentativas até conseguir, por um instante achei que ele ficaria entalado na minha garganta.

Voltei para a cama me apoiando na cômoda e parede, me deitei nela e esperei que o remédio fizesse efeito e aliviasse a dor no meu corpo.

Não sei em que momento o meu corpo se desligou, acordei sentindo uma dor aguda nas minhas costelas, mas pelo menos nos braços e pernas aliviaram um pouco.

Com dificuldade me sentei na cama, a luz ainda está acessa e não a sinal de que Cléber tenha entrado aqui, também não sei se dormi por horas ou foi apenas alguns minutos.

Vi meu celular sobre a cômoda carregando. Assim que consegui deixar todas as contas em dia, preciso ver se consigo comparar um celular novo, este está muito velho além da tela estar trincada a bateria não dura quase nada, até parece telefone fixo, passa mais tempo na tomada que fora dela.

Me levantei da cama sentido meu corpo todo doer e fui até o celular, apertei o botão na lateral e a tela acendeu mostra o horário, agora são quase três da manhã.

Olho para o celular na minha mão e sinto vontade de chorar, como eu vou conseguir pagar todas as contas atrasadas e ainda comprar um celular novo se mais uma vez vou ficar desempregada?!

Não, eu não posso perder mais esse emprego! Se eu ficar desempregada novamente aí é que eu  não vou conseguir ir embora daqui mesmo, e acho que depois de hoje as coisas só vão piorar!

Eu falei na cara dele não o amo mais, antes apesar das agressões, ele ainda dizia que me amava e fingia se importar comigo, mas acho que agora não será mais assim!

A forma como ele me bateu só confirma isso!

E agredito que ele vai ficar com medo que eu vá embora e por isso queria me manter trancada dentro de casa!

Caminhei até a porta tentei abrir, mas ela continua fechada, me encostei nela, para ver se conseguia ouvir alguma coisa, não sei se ele está em casa ou não.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora