Capítulo 27 Carolina

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Depois de uma longa conversa com meus pais, de contar á eles tudo o que aconteceu o que me motivou a sair de casa e as coisas que passei nos últimos anos, recebi o abraço acolher deles e o seu perdão.

Mas eu sei bem que o fato de terem me perdoado não significa que não se sintam magoados comigo pelo que fiz, eu sei que vou levar um tempo para conseguir que as coisas entre nós voltem a ser como antes.

Com meu irmão a historia é um pouco diferente, João não quis me ouvir, não aceitou meu pedido de desculpas e não fala comigo. Não o culpo, posso ver no fundo dos olhos dele que esta magoado. Nós éramos muito ligados e eu estraguei nossa relação quando fui embora, ele tinha apenas doze anos  e se sentiu abandonado pela irmão mais velha. 

Ele não me disse isso, mas imagino que seja assim!

Balanço minha cabeça de um lado para o outro voltando a minha atenção para a caixinha de musica em seus últimos acordes sobre a pequena penteadeira do meu antigo quarto. A bailarina dá sua ultima volta sobre a base arredondada da caixinha de musica. As mão estão levantadas em arco e apenas um dos pés é sua base o outro esta erguido em um clássico passo de dança.

Assim que a bailaria termina sua ultima volta pego a caixinha de porcelana e giro a pequena alavanca em formato borboleta para dar corda novamente na caixinha, devolvo a bailarina na bancada da penteadeira voltando a escutar a sinfonia clássica de Beethoven, four Elise enquanto a Bailarina vestida de rosa com sua saia de plumas gira em torno do próprio eixo.

Essa caixinha de música foi um presente da minha avó materna quando completei meus quatorze anos de idade, por isso ela tem um grande valor sentimental para mim.

Sinto os braços fortes do Anthony me envolver, seu peito ampara as minhas costas e ele beija minha bochecha.

- Essa caixinha de música é a sua cara!

Sorri para o seu comentário, deitando minha cabeça em seu peito.

- Eu adora essa música!

- Achei que você tivesse dito que iria ajudar a sua mãe?

Quando deixei meu pai, meu irmão e o Antony na sala, eu fui para a cozinha com a minha mãe ajuda-la a preparar o café, fiz um bolo de chocolate enquanto ela prepara o café e coloca alguns pães no forno.

Com tudo limpo e organizado na cozinha me restou apenas esperar o tempo de forno do bolo e pães, resolve aproveitar esse tempo para  vir dar uma olhada no meu antigo quarto, fiquei surpresa que ele esteja exatamente como deixei.

  - Eu fui, mas resolvi esperar os assados ficarem prontos aqui no meu antigo quarto.

Dou de ombros e me viro nos braços dele para poder ficar de frente para ele.

Antony aproveita para deixar um selinho em meus lábios.

- Como foi a conversa com meu pai?

Minha pergunta fez ele sorrir de lado.

- Foi tranquilo, no início ele tava meio calado, parecia que era uma pessoa que não gosta muito de falar, mas depois ele acabou se soltando, acho que no final consegui fazer amizade com o meu sogro! ele finaliza de modo humorado.

Balancei a cabeça de um lado para o outro sem conseguir deixar de sorrir, o que ele não consegue? Estou começando a achar que se ele se candidatar a presidência dos Estados Unidos é capaz de ganhar!

-Algumas vez na sua vida alguém já demonstrou não gostar de você depois de alguns minutos de conversa?

Minha pergunta fez ele rir.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora