Capítulo 23 Carolina

364 35 2
                                    

Olho para Antony com as costas apoiadas da parede metálica do lado direito do elevador com as mãos enfiadas no bolsa da calça social cinza que o abraça tão bem que acredito ser feita sobe medida.

O paletó está com os botões abertos formando um pequeno vão  deixando a ponta gravata pendurada em seu pescoço a mostra.

Os cabelos estão perfeitamente alinhados, nem parece que agora são quase sete da noite e ele trabalhou o dia todo!

Esse homem é pecaminosamente bonito!

- Podemos parar em uma farmácia no caminho?

Pergunto vendo seus olhos se estreitarem e depois me avaliarem dos pés a cabeça.

- Não está se sentindo bem? Ele pergunta aparentando preocupação.

Sorri balançando a cabeça em negativa.

- Não é isso, só preciso de alguns itens femininos. Respondo esperando que ele entenda.

Minha menstruação deu o ar da graça ontem, depois de quase dois meses sem vir ela voltou e com força total, imagino que tudo o que eu passei e a cirurgia e medicamentos que tomei tenham influenciado já que não tive problemas com atrasos antes.

Felizmente para alguma coisa o Cleber prestava ou eu teria entrado em parafuso se estivesse com a suspeita de um gravidez nesse momento!

Cleber sempre deixou muito claro que não queria filhos, não que nossa condição permitisse ter filhos de qualquer forma, mas o fato dele não querer fazia com que ele sempre tivesse o cuidado de usar preservativo e quando não podia comprar, que era na maioria das vezes, ele ia pegar no posto, então quando a menstruação não veio uma certeza eu tinha não estava gravida!

- Há... entendi! ele responde com um risinho.

- A nível de curiosidade, foi por isso que se esquivou de mim ontem e foi dormir no seu quarto? 

Apertei os lábios um no outro me sentindo meio constrangida por ter sido pega. 

Minha menstruação veio ontem a trade e a noite além de um fluxo grande eu ainda estava com cólicas, depois de comer inventei uma desculpa e fui para o meu quarto tomei um banho bem quente um remédio para dor e me enfiei embaixo das cobertas mesmo estando calor, em algum momento o remédio fez efeito e eu apaguei, só acordei hoje de manhã com Antony dormindo abraçado ao meu corpo.

- Bonequinha, você não precisa ficar fugindo de mim, bastava apenas me dizer que esta menstruada e que não iria rolar nada! Essa é a coisa mais natural do mundo e eu sempre vou respeitar o seu não!

Balanço a cabeça mesmo sem saber se eu vou conseguir dizer tão abertamente da próxima vez.

Eu vim de uma família de interior super conservadora, esses assuntos sempre foram tratados como tabus, temas como esse não eram nem mencionados por minha mãe ou por mim se meu pai ou irmão estivesse por perto.

Desde a minha primeira menstruação minha mãe sempre me orientou esconder os absorventes para que os homens da casa não os visse, nem na lixeira eles deveriam aparecer.

Eu si que as coisas não são mais assim e que o mundo evoluiu muito nesses aspectos, mas eu cresci assim é difícil abandonar velhos hábito da noite para o dia!

Faço um agradecimento em minha cabeça pelas portas do elevador terem aberto neste momento no estacionamento da empresa e esse assunto ser encerrado.

Caminhamos lado a lado até o carro, embora na frente do motorista e das funcionárias da casa Antony já tenha feito demonstrações de afeto, como segurar minha mão ou me abraçar. Pedi que ele não o fizesse aqui, esse é nosso ambiente de trabalho e quero manter as coisas separadas.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora