Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro I

Capítulo 2 Carolina

Enquanto lavo os pratos olho compulsivamente para o relógio na parede da cozinha, rogando aos céus que o Cléber saia de casa hoje como faz quase todos os dias.

Eu tenho uma entrevista de emprego em uma empresa grande e não contei a ele, já estou bem nervosa com a entrevista para começar uma discussão com ele.

Depois posso não ser aprovada na entrevista e eu teria começado uma discussão atoa, e se com a ajuda de Deus eu conseguir o emprego, bom aí eu vou ter que criar coragem e contar para ele, sobre meu novo emprego!

Cléber é muito ciumento, eu perdi meus últimos emprego por causa dele, por que ele foi até o meu local de trabalho armar uma cena!

Se ele pelo menos trouxesse algum dinheiro para casa, mas não. Ele morre de ciúmes de eu sair para trabalhar, diz que meus colegas de trabalho estão dando em cima de mim, ou que os clientes, na vez em que consegui emprego em uma loja de sapatos, estavam indo até a loja por minha causa, como se eu fosse uma espécie de Gisele bündchen para ser assediada desta forma, ele me faz perder empregos com frequência e não traz um real para casa!

Cléber é modelo e tem uma banda, mas nem uma das duas coisas gera uma renda significativa, ele consegue uma ou duas apresentações por mês com a banda e como o cachê é divido com os demais integrantes o valor acaba sendo mínimo, na carreira de modele ele sempre pega trabalhos pequenos, com pagamento muito baixo e alguns nem pagam, ele posa em troca de roupas e acessórios!

O dinheiro que ele ganha não dá nem para pagar o que ele gasta com ele mesmo, ele diz que como modelo ele tem que estar com a aparência em dia e que precisa ter uma rotina de exercícios ou nunca conseguiram trabalhos grandes.

Conclusão cada vez que eu fico desempregada, as contas deixam de ser pagas, o que sobrou da minha última recisão deu para pagar o aluguel do mês passado e comprar o básico para não passarmos fome.

O aluguel deste mês está para vencer e eu preciso conseguir um emprego ou não terei como pagar, e consequentemente deixarei de ter onde morar. Já atrasamos tantos alugueis que o senhor Conrrado, o proprietário da casa, na última vez disse que o próximo aluguel que atrasassemos o pagamento nos despeijaria da casa!

- Meu amor?! Ouço Cleber me chamar um pouco antes de entrar na cozinha.

Senti um imenso alívio ao vê-lo de banho tomado com os cabelos loiro escuro ainda meio umidos e com roupas novas, uma calça jeans clara e camiseta pólo azul piscina, por que isso significa que ele vai sair.

- Oi! Respondo, voltando a me consentrar na louça que estou lavando.

- Tenho umas fotos para fazer e depois vou me encontrar com o pessoal da banda! Cléber fala passando os braços por minha cintura e me abraçando pelas costas deixando um beijo no meu ombro.

Fecho os olhos por alguns segundos, soltando um suspiro ao imaginar como ele vai chegar em casa hoje.

É sempre a mesma coisa, todas vez que ele se reúne com a banda ele bebe, chega em casa bêbado e totalmente fora de si!

- O que foi? Não quer que eu vá fazer as fotos? Ele pergunta me soltando e vindo ficar ao lado.

Cléber vira o corpo ficando de costas para a piá e de frente para mim.

- Não é isso. Respondo sem olhar para ele, olhando apenas nos talheres que estou ensaboando.

- Eu sei que eu não tenho conseguido trazer dinheiro aqui para a casa, mas vai melhorar eu prometo! Você vai ver, eu vou assinar com uma agência grande e não vamos mais nos preocupar com dinheiro ou com aluguel, eu vou viajar o mundo trabalhando e você vai comigo! Cléber fala tocando minha bochecha com o polegar.