Capítulo 31 Carolina

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Olhando através janela da sala de espera sinto minhas mão suarem, as minha pernas tremerem e o meu couro cabeludo pinicar.

Esfrego as mãos nas minhas pernas tentando secar o suor na calça jeans.

Depois das primeiras agressões, logo no nosso primeiro ano juntos, eu passei a temer ele, eu tinha medo de falar algo ou de fazer algo que ele não gostasse e ele me bater.

A cada crise nova de ciúmes eu me convencia mais que se eu tentasse terminar nosso relacionamento ele não aceitaria numa boa e isso só aumentou o meu medo.

Mas depois daquele dia que ele quase me matou, se eu não tivesse conseguido fugir, se o Antony não tivesse me socorrido e me levando para um bom hospital, acho que teria virado mais um número para as estatísticas de feminicídio.

Naquele dia eu tive a certeza de que ele é capaz de matar, isso me deixou em pânico. Saber do que ele é capaz e ter que estar na presença dele me deixa em completo pavor.

Saio dos meus pensamentos quando Antony me puxa pela cintura me virando de frente para ele e me envolvendo em seus braços.

Ele beija o topo da minha cabeça quando apoio meu rosto no seu peito.

- Vai ficar tudo bem, não se preocupe. Não vou permitir que aquele infeliz toque em você e eu também não acho que ele vai tentar, seria muita burrice da parte dele tentar alguma coisa na frente do juiz, seria o mesmo que assinar um atestado de culpa!

- Você tem razão. Concordo e Antony beija mais uma vez meus cabelos.

Fecho meus olhos e repito fundo sentindo o perfume do Antony invadir minhas narinas, eu amo esse cheiro amadeirado!

Solto o ar e inspiro novamente, quem sabe se os meus pulmões enviarem mais oxigênio para o meu corpo, eu consiga me acalmar.

- Carolina Valentino e Dr. Peter Cavalcante?

Saio dos braços do Antony me virando na direção da voz masculina.

Parado diante da porta está um homem uniformizado com roupas pretas de segurança.

Peter meu advogado, é mais rápido em se levantar da cadeira onde estava e caminha na direção do homem.

Depois de trocarem algumas palavras ele se vira para mim e Antony.

- Vamos o juiz nos espera! Peter anúncio.

Engulo em seco sentindo meu coração bater quase na boca, quando dou o primeiro passo sinto minhas pernas moles como se tivesse virado gelatina.

- Está tudo bem, eu estou com você!  Antony fala ao meu lado segurando meus ombros de modo reconfortante.

A cada passo que eu dei no longo corredor até a sala, sentia minha respiração mais acelerada e meu coração mais desesperado em meu peito.

Quando o segurança abriu a porta minha respiração falhou e depois saiu trêmula por entre os meu dentes.

Peter foi o primeiro a entrar na sala, meus olhos se fixaram no chão, eu não tinha força e nem coragem para olhar o interior da sala ou  para encarar Cléber.

Senti a mão do Antony se firmar na minha cintura e me guiar para dentro da sala.

Foi só depois de dar alguns passos dentro da sala que tive coragem de erguer a cabeça e olhar ao meu redor. A sala não é muito grande e bem diferente do que imaginei, achei que estaria em um lugar como os que aparecem nos filmes.

Aqui tem apenas uma mesa oval no centro um oito cadeira, na ponta esta um homem de terno preto e postura seria e do outro lado da mesa esta Cleber e uma senhora na casa dos cinquenta. Cléber está bem diferente da ultima vez que o vi, os cabelos estão penteados e ele veste roupas limpas e tambem fez a barba.

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora