Spirit

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Good Reading!!!

Mirian

Desde que saímos da casa de Scott, os meninos estavam calados. Liam estava emburrado e Maison não sabia se falava algo ou se ficava quieto.

– Vocês dois podem desmanchar essa cara de cu?

– Mas, não estamos com...

– Maison, olha para o pinscher – aponto para meu irmão com a cabeça – isso é cara de que, para você?

– Cara de que alguém vai morrer... E você sabe quem.

– Vamos lá, Liam. Coloque para fora, irmãozinho, ou vai morrer cedo demais.

– Liam? – Maison o chama rindo.

– Vamos, baby Dunbar, sabe que pode falar.

– Para de me chamar de baby Dunbar e se afasta daquele espírito aproveitador – ele diz rosnando, o que assusta a moça que estava trazendo os pedidos.

– Que isso irmãozinho, sem violência totó, ou coloco você na casinha do castigo.

– Não acho bom provocar ele aqui dentro.

– Bom, não sei o que vocês tem contra aquele insuportável do Void, mas se isso afeta o McCall, eu tô feliz.

– Não sabemos a história direito, mas a ex dele morreu e ele feriu muitas pessoas.

– Ué, mas ele é um nogitsune, uma raposa traiçoeira. O que queriam que ele fizesse?

– Vai ficar defendendo ele agora?

– Mas eu não estou – resmungo encarando meu irmão.

– Vocês dois são insuportáveis juntos – Maison reclama e levanta indo ao caixa.

Ficamos encarando ele por um tempo e resolvo me pronunciar.

– Não vou deixar ele machucar ninguém, prometo a você.

– Confio em você, não confio nele.

– Eu sei, baby Wolf.

Me levanto ao mesmo tempo que Liam e corro para o lado de Maison que nos olha feio.

– Crianças. Pedi para embalar pra viagem, vocês são chatos comendo junto.

Cheguei em casa dolorida, provoquei tanto o Liam que não vimos um carro vindo em nossa direção e fomos atropelados, isso resultou em um braço quebrado, um ombro deslocado e costelas fraturadas... E em um Maison nervoso xingando até nossa décima geração.

Tomei um banho quente e quase durmo embaixo do chuveiro, vejo uma sombra em minha cama e nem assusto com quem é.

– O que faz aqui? Sentiu saudades? – pergunto enquanto troco de roupa, mas não obtenho resposta.

Termino e saio do closet, não tinha mais ninguém no quarto, estranho... Começo a olhar a casa toda, não havia ninguém ali. Apenas uma gosma preta no chão perto da cama. Pego algumas coisas e começo a fazer um feitiço de proteção em volta da casa.

Uma coisa que já aprendi, é que Void gosta de ser notado e não de brincar de esconde-esconde.

Aedificare scutum praesidii, murum spiritualem, castellum supernaturale, permissum a duce tantum.

Guardo tudo e me sento enfim relaxada. Não sei o que ou quem estava aqui, mas isso não significa coisa boa.

Me assusto com meu celular tocando e pego rapidamente.

– Oi?

– Está ocupada? Preciso de ajuda.

– Depende de onde você está e com o que precisa de ajuda.

– Casa do Stilinski e procurar algumas pistas.

– Está sozinho?

– Théo e Maison.

– Chego em alguns minutos.

Entrei sem bater mesmo, se me chamaram é porque precisam de mim, ou seja, nada de enrolar batendo em portas.

– Ei amiguinhos, saudades? – digo assustando os três – calminha totós.

– Você não perde a chance né? – Maison revira os olhos.

– Pelo visto vocês também não, já que não me deixam em paz.

– Mirian, esse aqui é o Théo.

– Legal conhecer você, soube que é a cobra do grupo. Ganhou um ponto comigo.

– Fico feliz em saber.

– Claro – digo apenas – E o que estão procurando que precisam de mim?

– Void – os três dizem ao mesmo tempo.

– Fora de cogitação.

– Mirian – Liam me repreende.

– Void – digo alto e com um pouquinho de magia, as luzes piscam e de repente o nogitsune está na nossa frente – Pronto, aí está ele.

– Como vim parar aqui? – ele pergunta nervoso.

– Queriam te ver e eu te trouxe, simples não?

– Sua... Sua bruxinha maldita.

– Seu espírito chato – revido colocando lingua para ele.

– Eles parecem duas crianças – Théo diz nos encarando.

– Já ajudei, agora tchauzinho.

Saio deixando os quatro brigarem lá dentro, sinto uma sensação estranha e uma náusea forte me atinge, fazendo com que eu me desequilibrasse.

Apoio em meu carro segundos antes de meu corpo ser arremessado longe.

– Que merda é essa? – me levanto e encaro o homem a minha frente, não sentia nada vindo dele, é como se ele estivesse... – morto.

††

#revisado

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