New Friend

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Good reading!

Encaro seu olhar sobre mim, não sei se ele quer arrancar minha cabeça ou minha língua fora. Sento frustrada e cruzo os braços o encarando de volta.

– Eu e meu namorado fomos atacados por duas mulheres, ele é um nogtsune, é um espírito antigo, uma raposa – digo tentando achar as palavras certas – porém é "do mal". Essas mulheres são Kitsunes, e estão tentando mata-lo.

– Por que?

– Eu não sei. Mas acho que se estão esperando a lua azul, então alguma coisa vai acontecer quando matarem ele.

– E por que não querem sua ajuda?

– Porque sou impulsiva. Eu não ligo se vou morrer, desde que eu consiga o que quero. Eu estava perto de tirá-lo de lá e matar aquela vadia, mas não sei o que fizeram comigo, só que, acordei presa aqui.

– Interessante – ele diz totalmente desinteressado.

– Por que não me matou? Tipo, eu tirei seus poderes e fiz o que fiz com você. Por que está aqui conversando comigo?

– Eu consegui meus poderes de volta. Deu trabalho, mas eu sou Kai – diz dando de ombros – E eu gostei de você.

– Que honra – digo com deboche – preciso voltar.

– Eu te ajudo, mas com uma condição.

– É óbvio. Qual?

– Me proteja. Não deixa os originais chegarem perto de mim – ele para um pouco – Eu te protejo e você me protege.

Penso em recusar, mas sendo só vampira não vou conseguir rastrear Void e muito menos Ayumi.

– Aceito – e pensar que a última pessoa que eu protegi, virou meu namorado.

Que dor de cabeça.

– Então vamos a uma nova aventura, gracinha.

– Para de me chamar assim.

– Não.

Reviro os olhos e antes que eu saia da casa, um escudo me arremessa para trás.

– Esqueci – ele diz rindo sarcástico – Pode sair agora.

Vontade de socar essa cara até arrancar esse sorrisinho idiota desse rosto. Passo ao seu lado raivosa e ele abre a porta de seu carro para mim.

 Passo ao seu lado raivosa e ele abre a porta de seu carro para mim

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– Isso é sua cidade?

– Não fale desse jeito – digo dando um tapa em sua cabeça – soou como se fosse um lixo.

– Só se for um lixo sobrenatural. Porque a energia dessa cidade é caótica. Isso aqui é um para-raios sobrenatural.

– Hum, é verdade. Vamos, eu tenho que passar em casa.

– Não acha melhor fazer isso, sem eles descobrirem que você voltou?

– E você não acha que Niklaus vai baixar aqui todo nervosinho não? Eu prendi ele antes de sair, só isso já o irritou. E o carro que tombei, era dele. Eu tô literalmente, fodida.

– Tô começando a repensar nosso acordo.

– Pense pelo lado bom. Ele me matando, não se preocupa com você. E então, como vamos fazer?

– Fazer o que exatamente?

– Achar o Void? Meu irmão e o grude dele? A Kitsune? Você é burro?

– Você é muito abusada – diz puxando meu cabelo – Vamos começar achando seu irmão.

Penso em um lugar útil para ele fazer o feitiço de localização. Todas as casas estão fora de cogitação. Na floresta tem muita chance de sermos pegos.

– Vamos.

– Para onde?

– Escola – não dou abertura para ele falar e acelero seu carro com tudo.

– Calma gracinha. Eu não sou o Klaus, mas mato você se capotar meu carro.

Reviro os olhos com seu drama e continuo dirigindo.

– Temos que ser rápidos.

– Por que?

– Pode parecer loucura. Mas essa escola é um ímã para problemas e eu não quero ficar aqui.

– Está com medo de uma escola?

– Sim? – Dou de ombros e levo ele até a biblioteca – aqui está bom? Ou quer um lugar aberto?

– Está ótimo – ele tira os livros da mesa – Tem mapa aqui? Vai ser mais rápido.

Olho em volta, mas paro.

– Tive uma idéia melhor.

– Não.

– Você

– Isso vai doer – ele me corta novamente – é um método melhor, mas vai doer e muito.

– Eu aguento.

– Agora eu sei o porquê eles trancaram você em outra cidade. Isso é loucura.

– É o meu irmão.

– Não vou machucar você.

– Você já me matou uma vez. Tá com dó agora porque? – ele hesita por um tempo, mas suspira irritado.

Vou até um armário e pego uma tesoura. Pego um mapa junto e volto.

– Mudou de idéia?

– Não. Vamos fazer os dois.

– Por que é tão teimosa?

– Não sou – digo simples – vamos. Os dois métodos tem que funcionar.

Ele parecia mais irritado, porém não disse mais nada. Engulo um resmungo quando ele enfia a tesoura em minha mão derramando o sangue no mapa. Suas mãos seguram meu rosto e ele me encara seriamente, recitando o feitiço.

Uma dor de cabeça me atinge com força, sinto a pressão em meu corpo e é como se eu fosse arremessada contra uma parede de concreto.

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