Good Time

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Good reading!

( Se em uma fanfic próxima – não sei se vai ter mesmo kkk – rolasse trisal ou quadrisal, com quem vocês iriam querer?)

Mirian

Às vezes a vontade de arrancar a cabeça de Peter supera todas as minhas expectativas de vida. Já vi chiclete grudar em tênis, mas lobisomem grudar em híbrido, é a primeira vez.

Por sorte, consegui fugir dele e daqueles dois chatos que me perseguem o dia todo. Tive que me esconder na biblioteca da escola dos pirralhos para conseguir trabalhar em paz.

– Olha quem está aqui. Você não é muito velha para isso não?

– Você quer voltar para o mesmo lugar que sua irmãzinha está, Théo?

Não sabe nem brincar.

– Senta aí, cobra azeda – digo afastando minha bolsa com o pé para ele ter espaço – Liam sabe que você está matando aula?

– Não. E eu estou em horário vago.

– Eu falava isso quando queria matar aula – digo e paro de prestar atenção enquanto resolvo uma questão complicada com um transporte de armas.

– Está me ouvindo?

– Desculpe meu amor, pode repetir?

– Cínica.

– Estou te ouvindo Theozinho.

– Não é nada – diz emburrado e se levanta – vejo você depois cunhadinha – ele beija minha testa e sai.

– Garoto bipolar.

Volto a resolver o que estava fazendo. O primeiro nome da lista é Cristopher Argent, esse homem gosta de armas viu, nunca vi comprar tanta arma, como ele.

Que por coincidência, é pai da ex do McCall. Mundinho pequeno.

E falando em McCall.

– Oi...

– Oi. Senta aí – digo ainda sem olha-lo.

– O que faz aqui? – pergunta genuinamente curioso.

– Foi o único lugar onde encontrei paz longe daqueles machos territorialistas.

– Faz sentido – diz rindo – Me desculpa – diz sussurrando, mas depois ele me encara – Me perdoa por ter feito você passar por tudo isso, eu entrei em desespero quando te mordi, na minha cabeça, Void já estava pronto para atacar novamente e... Ainda dói, lembrar como eu perdi ela.

– Eu entendo – digo fechando meu notebook.

– Ela foi meu primeiro amor. Ele quase levou meu melhor amigo. Eu só...

– Eu entendo – o corto – odiaria perder as pessoas que amo. E ver, até mesmo ter que conviver com o ser que me tirou quem mais amava é imperdoável. Eu te entendo, Scott McCall, e nunca vou defender as ações de Void, mas quando eu o conheci, ele nunca me fez mal, ou machucou alguém próximo a mim. Não estou o defendendo, jamais o defenderia pelo que ele fez.

– Eu entendo. Vejo como vocês se protegem e como ele ama você.

– Estranho. Eu sei.

– Um pouco. Não estou tentando justificar o que fiz você passar, e nem minha perseguição obsessiva para você manda-lo embora. Eu vejo, que o que ele fez, não pode ser mudado, mas não está ao meu alcance agora interferir o relacionamento de vocês. E agradeço muito por você ter salvo a minha vida. Nunca vou ter formas suficientes para agradecer isso.

– Obrigada, McCall.

– Obrigada, Dunbar.

Ele se levanta e sussurra um me desculpa antes de dar as costas e ir embora. Eu sou ótima para guardar rancor, mas, eu não quero ficar nesse loop infinito de perseguições e acontecimentos drásticos, onde alguns quase morrem para salvar outros.

Estou muito mais do que apenas feliz, por ver que estamos deixando nossas diferenças para trás. Não estou dizendo que vamos virar grandes e maravilhosos amigos, mas, não vamos ter que ficar nesse joguinho idiota de correr atrás um do outro.

Guardo minhas coisas e olho em volta. Não tinha muitas pessoas por aqui, apenas uns alunos e outros estudando.

– Ainda bem que ainda está aqui.

Encaro o garoto a minha frente. Sua respiração estava descompassada, ele tinha corrido muito para chegar até ali.

Seus cabelos estavam levemente bagunçados, ocasionado pela corrida, provavelmente. Suas bochechas estavam levemente vermelhas, deixando suas sardas mais fofas. Sua roupa estava um pouco bagunçada e ele me encarava de um jeito fofo.

– Ainda bem que ainda estou aqui.

††

#revisado

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