Reckoning

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Good reading!


– Vamos lá, a vadia da sua mãe mereceu – digo rindo, quando me levanto a encarando – ela mexeu com a pessoa errada.

– Eu vou matar você aos poucos, mas não antes de mata-lo em sua frente. Vou te manter aqui, presa com ele, o torturando em sua frente, a todo momento.

– Eu quero a verdade, como soube do Void, como conseguiu as informações sobre nós – a corto, deixando minha curiosidade falar mais alto.

Ela para, ignorando o que perguntei. Fica parada, apenas nos encarando. Observando meus passos na frente de Void, impedindo que ela ao menos olhe para ele.

– Eu sinto seu medo – ela diz de repente – tem algo diferente em você. Mas não importa o que é, eu vou fazer você se arrepender por ter vindo até aqui.

– O que você esconde, Ayumi? Você se faz de durona, mas esconde algo por trás dessa máscara patética sua.

– Você é uma vadia estúpida se acha que vai sair daqui viva.

Ela arremessa meu corpo contra a parede do contêiner, me levanto e avanço em sua direção, a chutando porta a fora. Saio a encontrando tentando se levantar. Avanço novamente e bato sua cabeça no chão.

– Vou fazer você sofrer o tanto que ele sofreu – digo chutando seu corpo mais longe.

Meu corpo é jogado para frente, atrás de mim, tinha um enorme redemoinho de água. Vindo em minha direção rapidamente. Me levanto e saio de seu caminho correndo, mas ele me puxa com tudo.

Sinto o ar de meus pulmões serem puxados com força. Me debato tentando sair dali, mas parecia impossível. Até eu ver uma brecha. Jogo meu corpo em sua direção e acerto o chão com tudo. Começo a tossir, cuspindo toda a água que engoli.

Ele volta em minha direção, mas avanço contra Ayumi, fazendo ela ser arremessada dentro dele, em minutos o mesmo some.

– Não seja idiota – digo me levantando, um pouco rouca pela água que engoli a força – Ter poder não vai te fazer melhor.

– Mas vai me fazer mais forte.

Avanço jogando seu corpo em uma pilha de ferros empilhados ali. A arrasto para longe, fazendo ela me encarar.

– Quem passou as informações para vocês duas?

– Não é da sua conta – ela diz tentando levantar, mas bato sua cabeça no chão novamente.

– Eu acho que é da minha conta sim.

– Você fala de mim, mas não olha para si mesma – ela diz, puxando meu rosto em sua direção – você é fraca, garota. Pode tentar demonstrar o quanto for, sempre vai ser fraca.

Ela cobre minha boca e sinto que vou sufocar. A quantidade de água que ela está jogando dentro de meu corpo, me deixa extasiada.

– Você não passa de uma garota imatura, não sabe nada sobre o mundo, acha que tudo é maravilhas, e tudo vai acabar bem. Mas eu sempre vou estar lá, para te lembrar que você é um fracasso.

Desvio de sua mão e mordo seu pulso, puxando com força e arrancando um pedaço de sua pele, fazendo seu grito soar por todo o lugar, ecoando entre as paredes de ferro que nos cercavam. Me afasto e começo a vomitar toda a água. Sinto meu corpo queimar, e vomito ainda mais.

– Você não vai sair daqui com ele – escuto sua risada – E eu vou fazer ele odiar você antes de morrer.

Me levanto sentindo meu corpo como se fosse explodir, me levando ao chão novamente.

– Não se preocupa. Eu vou fazer questão de arrastar você comigo – digo sentindo meu nariz sangrar.

– Eu sei seus segredos, Mirian Dunbar. Sei das pessoas que matou quando não tinha controle de seus poderes – ela para por um momento – onde estão seus poderes, pequena Dunbar?

Vejo seu corpo se aproximar, mas estava tonta demais para prestar tanta atenção nisso.

– Onde estão seus malditos poderes? – ela pergunta apertando meu pescoço, erguendo meu rosto para olha-la.

– Não é da sua maldita conta – sinto meu rosto arder com o tapa que ela me deu.

– Eu estava tentando não pegar pesado em te chamar de inútil. Mas você acaba de me provar o quão certa eu estava.

– Eu nunca te desmenti, quando me chamou – me levanto irritada, porém sorrindo – Isso só te faz mais patética em achar que me afeta.

Sinto o impacto em meu corpo e uma dor em meu peito, assim que encosta, a água se desfaz em minhas mãos e meu sangue começas a molha-las.

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