Um homem rude e cruel mora em uma mansão da pequena cidade montanhosa de Whistler, Canadá esconde-se Daniel Clark , importante diplomático que após muitos rumores que toda cidade comenta , se perdeu no álcool e todos aqueles que consider...
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Quarto a direita e andar reto e verá uma porta ao centro ,tentava memorizar as palavras da Margô , ela tentou me fazer desistir da ideia de incomodar o dono da mansão , mas era domingo e o dia estava lindo lá fora. Tentaria o persuadir mesmo com raiva pela maneira que ameaçou o papai , e seu modo de agir friamente e distante. Mas eu tinha o dom de fazer as pessoas ficarem felizes no natal , como esquecer aquele natal que a senhora Rodriguez Hernández vivia trancada em casa porque ela era acumuladora e tentava preencher o vazio do seu coração por causa de um grande amor que pensou que havia perdido na segunda guerra mundial? Eu movi céus e terra , mas pesquisei sobre seu amor americano que ajudou mais de duzentos mil judeus a fugirem do campo de concentração.
A história dele está no museu em homenagem a heróis da guerra da nossa pequena cidade, eu o encontrei graças as redes sociais , descobrimos que ele havia se casado uma única vez , e nunca teve filhos biológicos mas adotou cinco crianças órfãs de pai e mãe. Uma das filhas dele entrou em contato comigo e muitas conversas e com a senhora Rodriguez conseguimos no ano passado juntar os dois .Foi emocionante e mágico .Eles hoje são casados ,moram em Washington. Ela nunca mais se tornou acumuladora e ambos me mandam fotos quase todos os dias pelo correio.
Por isso acreditava que milagres podiam acontecer ,eu gostava de ajudar as pessoas e não seria diferente com Daniel Clark. Respirei fundo ao ver a porta — Era ali que ele ficava trancado a maior parte do tempo. Pensei. Alguma coisa me dizia que era para eu continuar andando era como uma voz que não parava de repetir na minha mente. Segurava a bandeja que eu havia preparado ,tirei uma rosa vermelha do jardim que apesar da neve lá fora , ela ainda estavam perfeitas, eu trouxera na minha bolsa um pequeno livro '' Guia para você ser feliz todos os dias'' Na verdade era o livro que a Luna tinha feito num caderninho branco em forma de desenho e frases. Isso pode o ajudar. Sorri convicta. Além que a capa dele tinha uma foto minha e dela fazendo uma careta.
TOC...TOC...TOC...
— Charlie eu já disse que é pra fazer o que quiser com a menina , só me deixa em paz.
Toc...toc...Repeti insistentemente. Ele parecia não dar ouvidos mas continuei batendo na porta mesmo com a dificuldade de segurar a bandeja. Ouvi o barulho de passos vitoriosa notei que a maçaneta estava sendo girada .Dou um passo para trás. A porta abre com tudo — Eu já disse que não quero ser incomodado. É então que o vejo com uma calça preta , seus cabelos estavam molhados , e meu Deus. Ele estava sem camisa. Nunca tinha visto um homem sem camisa ,nem mesmo meu pai , ele sempre respeitou a mim e a Luna. Claro que tinha assistido filmes que os caras tiram a camisa , modelos em comerciais ,mas nada se compara com que eu estava vendo.—O que você quer criança? Ele perguntou bravo cruzando os braços. Eu tinha imaginado que a Fera era todo peludo por baixo já que diziam que ele virava uma fera de verdade pelas noites. Mas ele não tinha nada que falavam. Muito pelo contrário. Seu porte físico era de um homem que malhava ,se percebia pela corrida que ele faz , e seus braços eram musculosos ,seus ombros largos , tudo nele era literalmente atraente. Eu tentei evitar parar de olhar mas era impossível. Seu peitoral tinha alguns pelos como de todo homem mas nada que o deixava ser menos atraente — Criança eu perguntei o que veio fazer aqui? Ele me chamou de criança uma duas vezes e me irritei — Senhor Clark eu não sou mais uma criança ,será que terei que mostrar minha certidão de nascimento?
—Hora....Hora....é atrevida mesmo , isso é de família? Ele perguntou. Ele estava com um braço estendido no canto da porta aproveitei a deixa e invadi seus aposentos passando por debaixo de seu braço. Adentrei olhando tudo em minha volta , notei uma muda de roupa espalhada no chão , porém era um quarto enorme e aconchegante.
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—Nossa! Exclamei encantada. Era um quarto maior da casa realmente , tinha uma lareira , a cama era baixa .Vi a porta fechar com força — Você é realmente atrevida , eu não disse que não gostaria de ser incomodado? Eu coloquei a bandeja em cima de um pequeno baú de madeira e o vi irritado.
—Me desculpe senhor Clarke , eu tenho esse problema sabe eu gosto de meter na vida alheia para ajudar, e aí você é o dono dessa casa , quem tem que mostrar tudo é o senhor que vai ser meu patrão.
—Quem é você para me dá ordens ,se esqueceu que está pagando uma dívida , fora que não vai receber salário algum.
—Eu tenho meu trabalho na biblioteca , mas o senhor Clark francamente usar uma senhora de quase oitenta anos para me apresentar esse lugar , ela trabalhou na semana para você , ela merece um descanso não acha?Ele deu passos largos a minha direção —Quem manda nesse lugar sou eu acho bom se retirar do meu quarto.
—Se eu não sair vai fazer que? Ele me pegou pelo pulso me puxando para porta porém consegui me soltar e pegar as chaves e colocar dentro do meu decote dentro vestido — Já que não quer me mostrar seu castelo mal assombrado eu e você vamos ficar trancados aqui , e vamos nos conhecer , se vai ser meu patrão.
—Maluca ! Estou me arrependendo , acho que vou ligar par o chefe do seu pai agora e acabar com essa palhaçada desse seu atrevimento. Ele foi na cama e se sentou pegando o celular. Com medo eu me aproximei dele o empurrando que o fez deitar na cama. Porém acabei tropeçando em algo que me fez cair em cima dele , nossos corpos ficaram bem próximos — Por favor não liga para a empresa , eu já entendi me desculpe. Meus lábios se aproximaram dele. Ele me olhou nos olhos e sorriu. Ele tinha um sorriso lindo .
—Um ponto para Daniel Clarke.
—Será? Sem pensar eu dei um selinho nele , senti o gosto de seus lábios macios , e céus eram deliciosos não foi um beijo propriamente dito já que meus olhos ficaram abertos e o dele também. É soltei dele ,me levantando — Eu aposto que eu vou ganhar de você. Nisso eu o vejo se levantar e me puxar pelo braço com força — Escuta aqui criança ,nunca mais faça algo desse tipo. Eu o abracei — Feliz natal senhor Clarke. Beijei sua bochecha. Sai do quarto o deixando sozinho —Sabia que eu tinha conseguido movimentar seu domingo ,nem que seja por um pouquinho ele agora tinha um motivo para ficar inquieto e sair do quarto.
