XXII-You're not that bad

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[Rafe]

Eu e Maya ficamos por alguns minutos, apenas vendo o mar. Ela ficou da mesma maneira que eu havia deixado, deitada em meu ombro.

Eu queria poder dizer a o tanto que eu gostava dela, mas seria idiotice a minha pensar que ela ficaria comigo, de repente. Se bem que, literalmente, estava só nós dois, na praia, de madrugada. Então não seria tão estranho, já que ela escolheu confiar em mim.

Cara, essa garota merece o mundo.

Por estar muito tempo sem dizer nada, imaginei que Roberts havia dormido encostada em mim. E como eu não podia me mover muito para não acordá-lá, apenas continuei lá. Mas acabei pensando alto demais.

–Eu gostaria que você fosse minha Maya Roberts. E se o JJ não te quer...tem quem queira.

[Maya]

Eu ainda estava acordada, mas ficaria muito envergonhada se revelasse ao garoto que não estava dormindo. E eu obviamente não saberia como reagir àquelas palavras, então apenas fingi despertar.

–Porra, por quanto tempo eu dormi?

–Não muito–Ele riu–Quer ir pra casa agora?

–Quero.

–Então vamos–Ele se levantou para que pudesse me ajudar.

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Ao chegarmos na minha casa, estava com medo de que JJ aparece por lá também. Mas não disse nada ao Cameron e apenas desci da moto dele. Ao chegar até a porta, me virei para o garoto, que havia me acompanhado.

–Olha...Rafe, muito obrigada...por ter me ajudado hoje.

–Não tem de quer. Eu não podia deixar você sair daquele jeito.

Dei um sorriso suave.

–Você não é tão ruim assim Rafe Cameron.

–Ainda bem que você percebeu–Rimos.

–Você quer entrar?

–Puts, nem vai dar. Eu tenho que ajudar meu pai amanhã de manhã.

Pra que eu fui inventar?

–Nossa, me desculpa.

–Não é sua culpa.

Houve um silêncio constrangedor entre nós.

–Talvez na próxima, Roberts.

–Claro, vamo marcar.

–Com certeza.

Eu me virei, abri a porta e entrei.

–Tchau Rafe–Eu falei ao fechar a porta.

–Tchau Maya.

Enquanto o garoto saía da minha varanda, eu me encostei com as costas na porta, para pensar no que acabara de acontecer.

Puta que pariu...–Pensei, feliz, sobre o momento anterior, que tive com Rafe–puta que pariu–Mas dessa vez, me lembrei de JJ, com raiva

–Vou trancar minha sacada e as portas. Hoje aquele filho da puta não entra–Falei comigo mesma.

Dito e feito, tranquei tudo que pude e ainda assim, não fiquei em casa. Fui pedir a minha irmã que me abrigasse naquela noite. Já que eu sabia que JJ, iria me procurar.

–Emma, Emma, Emma...

Fiquei a repetir o nome de minha irmã, batendo na porta, até que ela abrisse. Ela não estava dormindo, pois eu pude a espiar pela janela e a mesma, estava na sala vendo um filme com Peter. Ele me ignorou por algum tempo mas depois se levantou do sofá, puta da vida.

The way I love you-JJ Maybank Onde histórias criam vida. Descubra agora