Until The Next Death [CONCLUÍDO]

Capítulo 15- Diário de Emily

Quarta-feira
Yorkville, Toronto
23:00 da noite

—É só empurrar seu idiota— Adrien olhava para trás o tempo inteiro, percebia-se que ele estava nervoso.

Eu entendo o desespero dos meus amigos, já havia passado muito tempo da hora de recolher, estávamos em perigos. Darei três motivos para a gente correr e esquecer essa palhaçada toda aqui: 1- Os policiais, 2- o assassino, 3- EU SOU NEGRO EM TERRA NORTE AMERICANA!!!

O que poderia dar errado? Duas minorias e um francês? Estava sendo irônico, TUDO pode dar errado.

—Está emperrada, você acha que estaria abrindo normalmente, já faz mais de semanas que isso está fechado— Empurro a porta com os ombros mas nada dela abrir.

—Eu vou desmaiar— Jae alerta com as mãos na cabeça e andando em círculos.

—Arromba a porta— Escuto a voz da Catherine no walkie talkie do Adrien.

—Mas aí vão saber que alguém esteve aqui.

—Eles não vão saber quem é, ao menos que vocês encostem em algo. Cuidado com as digitais— Ela me respondeu e eu dou de ombros.

—Foi mal portinha— Dou um chute forte fazendo um barulho bem considerável, mas a porta finalmente abriu —Entrem, entrem rápido!— Ouvi o som da sirene da polícia e praticamente pulamos para dentro da casa. Fecho a porta com o pé e ficamos em silêncio, apenas se ouvia a respiração ofegante de nós três.

—Nunca mais me chamem para isso— Jae sussurra se abanando e olhando ao redor.

—Que irado! Entramos na casa de uma vítima de assassinato— Adrien sorri e começa a andar pela casa orientado pela lanterna do celular.

A casa estava muito pouco iluminada, apenas com a luz da lua que refletia pela janela. Tinha cheiro de empoeirado e mofo, não tinha móvel algum na parte de baixo, os Williams devem ter levado tudo quando se mudaram.

Comecei a coçar meu nariz pela poeira excessiva do local, na mesma sequência que Adrien começava a espirrar, ele tem rinite.

—Não enxergo absolutamente nada— Catherine se manifesta no meio do silêncio, nos assustando.

—Não é só você, a casa inteira está escura— Jae diz visivelmente se tremendo inteiro.

—Quais são as chances desse diário ainda está aqui?— Pergunto começando a subir as escadas, evitando ao máximo não encostar em nada.