Lena Luthor/ You |part. 2|

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(Pov Lena)

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(Pov Lena)

Faz exatamente um mês que não vejo a S/n, não tenho notícias dela..e mesmo indo várias vezes na casa da mãe dela, ela não quer me ver. Suspirei saindo dos meus pensamentos quando vi a Kara entrando pela minha janela, coloquei o copo de whisky em cima da bancada e suspirei me sentando no sofá com ela.

- Alguma coisa? - perguntei brincando com meus dedos e ela me entregou alguns papéis de um hospital próximo - O que é isso?

- É da S/n, roubei do quarto dela - ela falou me fazendo franzir o cenho - Parece que ela fez uma consulta há alguns meses, você não sabia?

Neguei com a cabeça, e abri os documentos para ver do que se tratava. Minhas mãos começaram a tremer à medida que eu lia o diagnóstico, e quando me dei conta que ela estava com grande parte do coração comprometido, os papéis caíram da minha mão. E eu suspirei massageando as têmporas, e tentando me acalmar. Não acredito que ela me escondeu uma coisa que podíamos ter resolvido há muito tempo.

- Ela precisa de um transplante de coração, Kah - falei com minha voz embargada e levantei do sofá - Me escondeu por mais de um mês, o que a S/n tem na cabeça?

- Acho que ela só não queria te preocupar mais -. Kara respondeu e eu mordi meus lábios para conter o choro - O que você vai fazer?

- Ir atrás dela, e se ela não abrir a merda da porta pra mim..eu derrubo - falei pegando as chaves do meu carro - Não posso deixar ela morrer, Kara..isso já seria demais pra mim.

Eu iria ir de carro, mas a Kara me convenceu de deixar que ela me levasse, assim seria mais rápido chegar na casa da minha ex sogra que fica um pouco longe da cidade. No caminho eu fui pensando no quão burra eu fui de deixar meu casamento em segundo plano, e ter feito a S/n passar por tudo isso sozinha. Chegamos a casa, e eu fui rápido até a campainha sentindo meus olhos marejarem. Apertei a campainha várias vezes, bati na porta e eu sei que tem gente em casa porque as luzes estão ligadas. A Amélia abriu a porta assustada, e me olhou de cima a baixo ao ver o meu estado..eu tô com cheiro de álcool, certeza que minha maquiagem está borrada por conta do choro e como se não pudesse piorar, começou a chover.

- Lena..- ela falou me puxando pra dentro quando a chuva começou - Olhe o seu estado, não deveria dirigir assim.

- Deixa eu ver ela..- pedi com a voz embargada - Por favor, Dona Amélia..

- Não sou eu quem decido isso, Lena - ela respondeu quando começou a trovoar - E a S/n não está podendo passar estresse.

- Até a senhora já sabe? - perguntei incrédula e ela assentiu com uma feição triste -...porque ela não quer a cirurgia?

- Ela disse que não quer morrer em cima de uma mesa cirúrgica com o peito aberto - a Amélia respondeu me fazendo engoli o choro outra vez - Não force ela, Lena..

- Eu preciso ver ela - pedi outra vez sentindo as lágrimas saindo de mim - Por favor..

A Amélia suspirou, e assentiu para que eu subisse as escadas. Subi aqueles degraus o mais rápido possível, e a cada passo que eu dava em direção ao quarto da S/n, meu coração ficava cada vez mais acelerado. Entrei de vez no mesmo, e ela me olhou assustada em cima da cama..com um livro na mão e com um pijama moletom cinza.

- O que você está fazendo aqui? - ela perguntou incrédula levantando da cama - O que fez com a minha mãe?

- Ela deixou eu subir - respondi com meus olhos marejados -..eu precisava te ver.

- Agora você já pode ir embora - ela respondeu ríspida me fazendo encolher - Vai embora daqui, Lena.

- Porque você escondeu de mim? - perguntei incrédula a deixando surpresa - ..COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE ESCONDER ISSO DE MIM?

- COM A MESMA QUE VOCÊ TEVE PRA ME COLOCAR EM SEGUNDO PLANO - ela respondeu com nossos olhares se encontrando...e eu pude sentir a frieza que eles estavam - ..Ia fazer diferença, Lena?..

- É óbvio que iria - respondi seria secando meu rosto - Iríamos atrás de tratamento o mais rápido possível, S/n..eu cuidaria de você.

- Você? - ela indagou dando risada e eu pude ver os olhos dela marejados - Você não cuidava de mim antes, imagine se descobrisse que eu estava doente - ela se aproximou de mim com uma lágrima descendo - .. Você me colocaria no hospital mais caro apenas pra dizer que se importava, Lena.

- Você sabe que eu nunca faria isso, S/n - retruquei com a voz trêmula.

- Eu não sei mais do que você é capaz de fazer - ela falou com um sorriso falso - Porque a Lena que eu conhecia já se foi a muito tempo..a que cuidava de mim, a que se importava..a que fazia planos comigo..

- Meu amor..- coloquei minhas mãos no rosto dela e a mesma começou a chorar me fazendo chorar junto -..faz a cirurgia, por favor, S/n..eu posso viver separada de você...mas sem você não dá, S/n..- nossas testas se juntaram e eu acariciei o rosto dela - ..eu procuro os melhores profissionais para essa cirurgia, mas por favor..

- Eu não vou fazer esse transplante..- ela respondeu - Muito menos usando o seu dinheiro.

- Porque você é assim? - indaguei quando ela se afastou de mim.

- Eu já disse que não quero, Len..

- PORQUÊ?! - gritei sentindo o meu peito apertar vendo ela insistir em não fazer - Eu não quero ver você morrendo sendo que eu podia ajudar..

- Foi você que me adoeceu, Lena - ela respondeu com as lágrimas descendo - .. Você me adoeceu quando achou que todo o dinheiro que você tem poderia ocupar a falta que você fazia..mas a única coisa que eu precisava era bem mais simples que isso..eu só precisava de você comigo...e onde você estava?

- Eu estou aqui agora - falei puxando ela pra mim e abracei a mesma - Me desculpa, meu amor..por favor..me perdoa.

- Agora é tarde demais, Lena..- ela respondeu com a voz fraca e eu segurei a mesma quando ela iria cair no chão. Senti o desespero tomar conta do meu corpo e a S/n segurou a minha blusa com os olhos querendo se fechar enquanto os meus escorriam tanta água que eu mal conseguia falar alguma coisa. Gritei pela a Amélia, e vi o tanto que a chuva tinha piorado pela janela do quarto da S/n..e quando a mãe dela entrou no quarto, a mulher que eu jurei que cuidaria..que amaria.. respeitaria.. estava em meus braços com os olhos fechados.. não parecia a S/n magoada de alguns minutos atrás. Era a minha S/n que estava morta em meus braços, por minha causa. Chorei ainda mais balançando o rosto dela, e juntei nossos lábios com minhas mãos trêmulas..a Amélia parecia saber que seria hoje que a filha dela iria embora. Coloquei a S/n na cama e a cobrir, a Amélia me abraçou forte enquanto chorava e ela tentava segurar o dela.

- Você nem se despediu dela - falei com a voz falha olhando pra S/n na cama e a Amélia secou meu rosto - Me desculpa..isso foi culpa minha, eu não deveria ter deixado ela de lado..se não nada disso estaria acontecendo.

- Está tudo bem, Lena..- ela falou acariciando meu cabelo - Acho que ela sabia que seria hoje..notei que tinha se despedido de mim pela manhã..







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𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 𝐆𝐢𝐫𝐥𝐬 𝐈𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora