CAPÍTULO 58: UM AJUSTE DE CONTAS
As preliminares começaram em sua suíte, mas continuaram no jantar. Durante toda a refeição da noite, Hermione podia sentir os olhos de Draco sobre ela. Ela se sentou em um banco da Sonserina com Harry, Gina, Luna, Neville e Hannah, mas sua mente estava em outro lugar. Especificamente, na mesa da Corvinal, onde um certo bruxo estava sentado diretamente em sua linha de visão. Ela conhecia Draco bem o suficiente para suspeitar que ele havia escolhido aquele lugar com intenção. Isso foi confirmado quando, durante a sobremesa, ele mergulhou a colher no creme e o enfiou na boca, apenas para fazer contato visual ao puxá-la de volta e tomar cuidado para lamber o que sobrasse.
Ela apressadamente olhou para baixo, suas bochechas ficando vermelhas. Gina, perspicaz como sempre, notou e olhou por cima do ombro. A essa altura, Draco havia retornado à sua conversa com Blaise, parecendo relativamente inócuo. Mas Gina não era boba e revirou os olhos.
Depois disso, Hermione e Draco caminharam separadamente, mas simultaneamente, até a Torre da Corvinal com alguns dos retardatários do jantar. Um grupo deles havia se agrupado no patamar superior, onde vários alunos tentaram resolver o enigma e falharam.
Curiosa, Hermione se apoiou nas pontas dos pés para ficar mais alta, como se ver a aldrava com cabeça de águia permitisse que ela ouvisse melhor. Ela repetia:
- Tenho vários corações, mas não vivo.
Uma mão pressionando sua parte inferior das costas a assustou e ela se virou, apenas para encontrar Draco atrás dela, sua expressão presunçosa.
- Um campo de alface! - um segundo ano adivinhou loucamente.
- Como esse foi classificado aqui? - Draco sussurrou indignado em seu ouvido. - Um Lufa-lufa poderia ter respondido melhor.
Hermione teria adorado dar uma resposta espirituosa, mas ela estava perfeitamente distraída com os dedos dele, que agora faziam carícias lentas e uniformes em sua espinha.
- Um baralho de cartas - adivinhou um veterano de aparência estudiosa.
A porta se abriu, admitindo o pequeno grupo de alunos. Hermione queria entrar, mas também não queria abrir mão do toque dele. Foi, portanto, com algum desapontamento, que a tentadora mão de Draco caiu e ele se dirigiu para a sala comunal sem ela.
Ele vai pagar por isso, decidiu ela, dirigindo-se ao dormitório para pegar o distintivo de monitora. Ela tinha certeza de que poderia encontrar um caminho, pois era hora das patrulhas.
- Hermione! - Sue exclamou quando ela apareceu. A garota estava reclinada em seu dossel com uma cópia surrada de Quadribol Através dos Séculos. - Onde você estava ontem à noite?
- Oh... desculpe - ela se desculpou, voltando ao presente enquanto pegava seu distintivo de sua mesa de cabeceira. Mesmo sua cama perfeitamente feita parecia olhar para ela acusadoramente. - Eu estava na Ala Hospitalar.
- Novamente? - Padma perguntou, preocupada. Ela estava sentada na beirada de sua própria cama, onde Lisa trançava seus longos cabelos. - Você está bem?
- Oh, sim - ela continuou a mentira. - Na verdade não foi nada. Infecção estomacal.
Lisa assentiu, com os olhos arregalados de preocupação, embora seus dedos não parassem de se mover pela cortina escura de cabelo de Padma.
- Ouvi dizer que Finora Belby teve uma infecção estomacal no início desta semana. Talvez você tenha contraído dela.
Hermione, que nunca tinha ouvido falar de Finora Belby, muito menos passado algum tempo com ela, apenas assentiu.
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O ninho da águia - TRADUÇÃO
RomanceO oitavo ano de Hermione em Hogwarts já vai ser difícil no rescaldo da guerra, mas é ainda mais complicado quando a diretora McGonagall ordena uma reorganização de todos os alunos para promover a unidade entre as casas. Mas quando o Chapéu Seletor e...