Capítulo 66 - Ses e Absurdos

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CAPÍTULO 66: SES E ABSURDOS


No dia seguinte, Hermione acordou com uma coruja batendo na janela de seu quarto. Era bem cedo, mas assim que seus olhos se abriram, ela reconheceu Noctua. Rigidamente, ela se aproximou para permitir que o pássaro entrasse, e o temível bufo-real pisou em sua cômoda. Ela carregava uma missiva de Draco:

Peço desculpas pelo aviso tardio, mas você tomaria chá na Mansão hoje, ao meio-dia e meia?

-D

Interiormente, Hermione gemeu. Ela não desejava voltar para a Mansão Malfoy tão cedo, mas como agora estava casada com um Malfoy, ela supôs que provavelmente deveria aprender a colocar os pés em sua casa ancestral, independentemente de morar lá ou não. Ela enviou Noctua de volta com uma resposta afirmativa.

Depois do café da manhã com os pais, ela escolheu um cardigã rosa claro e um par de jeans bonitos para vestir, e quase calçou os tênis antes de vestir sapatilhas no último momento. Mesmo que ela não quisesse estar lá, havia algo satisfatório em pelo menos vestir-se um pouco para Draco. Como ele não havia especificado nenhum meio de transporte específico para sua chegada, algo incomum para ele, ela optou por simplesmente usar o flu. Seria uma desculpa para usar a lareira de casa para variar, pois embora ela tivesse instalado a rede de flu no verão passado, ela raramente a usava na casa de seus pais.

Ao meio-dia, ela estava ansiosa por esperar e decidiu ir mais cedo. Preparando seus nervos, ela pegou um punhado de pó de flu do pequeno suprimento que mantinha em seu baú e se dirigiu.

No momento em que Hermione saiu da lareira da mansão e pisou no chão de mármore, ela foi inundada pela memória. Em justaposição direta ao sol de Chichester, estava chovendo em Wiltshire. A escuridão do lado de fora projetava sombras estranhas no interior e, embora ela não esperasse, Draco não estava lá para recebê-la.

Em vez disso, sua sogra descansava ali perto em uma opulenta poltrona com pés de garra. Parecia estar esperando por ela.

- Você chegou cedo - Narcisa observou, não parecendo nem um pouco surpresa. Como de costume, seu cabelo loiro estava perfeitamente penteado e ela estava vestida com esmero em vestes de seda. - Draco nem começou a te esperar.

Um pressentimento tomou conta de Hermione. De repente, ela ficou apreensiva com sua escolha de chegar cedo.

Possivelmente sentindo essa apreensão, a bruxa fez uma careta, como se suas próximas palavras tivessem gosto de remédio amargo.

- Não se assuste, garota. Estou aqui apenas para presentear você com algo.

A sobrancelha de Hermione arqueou em surpresa.

- É uma tradição que uma sogra presenteie algumas das pedras preciosas de sua família para sua nova... filha - os olhos de Narcisa piscaram para o pulso de Hermione. - Mas vejo que você já usa algumas joias da família Black.

Olhando para seu pulso, onde o bracelete de pedras parecidas com safiras brilhava na luz dos lampiões a gás, Hermione concordou:

- Sim. É do cofre que o padrinho de Harry deixou para ele. Ele as restaurou.

- E, no entanto, eu as teria reconhecido em qualquer lugar. Elas já foram da minha mãe.

Sem saber o que fazer com aquela informação, Hermione não disse nada. A ideia de que as pedras preciosas reveladoras da verdade pertenceram a uma mulher supremacista de sangue puro já havia ocorrido a ela, mas de alguma forma parecia diferente, uma vez que havia uma entidade conhecida para reivindicar uma espécie de direito sobre elas.

O ninho da águia - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora