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𝕮𝖆𝖑𝖊𝖇 𝕾𝖎𝖑𝖛𝖆.

Estou na minha sala fumando enquanto espero o Vt, ele é o x9 que eu coloquei lá no Alemão. Escuto batidas na porta e sussurro um "entra".  

— Licença, Chefe. Me disseram que cê tava chamando.

— Tava mesmo, senta aí. - apontei pra cadeira na frente da minha mesa.

Abri a minha gaveta e tirei uma foto e um celular de dentro mesma colocando em cima da mesa.

— Quero que tu descubra tudo o que puder sobre essa mina. - ele pegou a foto.

— Tem alguma informação que possa me ajudar?

— O nome dela é Anna Lis, e é mulher do Pires.

— Beleza, patrão. Assim que eu conseguir as informações sobre ela, eu te falo. - concordei e soltei a fumaça.

— Entrega esse celular aí pra ela também. - ele concordou pegando o celular e guardou no bolso saindo da minha sala em seguida.

To ligado que rola alguma coisa com aquela mina.

Lá na reunião o Pires falou alguma coisa com ela que fez os olhos dela se encher de lágrimas, percebi de longe que ela tava com medo.

Aí depois a mina não tem celular. Que tipo de pessoa não tem celular?

Tem o vermelho no braço dela também, ficou toda nervosa quando eu perguntei.

Se as minhas suspeitas tiverem certas, Pires vai se arrepender de ter nascido!

Eu vou matar ele da pior forma possível, pode ter certeza.

Terminei de fumar e saí da minha sala. Tirei a camisa jogando no ombro e guei pra casa.

Assim que cheguei sentir um cheiro gostoso invadir minhas narinas e fui direto pra cozinha encontrando minha coroa cozinhando. Me aproximei dela e a abracei por trás beijando seu pescoço.

— Porra, Caleb. - colocou a mão no peito. — Quer me matar de susto, filho da puta?

— Não sabia que você era uma puta. - me encostei no balcão e ela meteu a colher me pau na minha cabeça.

— Você me respeita. - eu rir.

— Foi você que falou, pô. - ela me olhou com ódio e ameaçou a me bater de novo.

— Vai chamar sua irmã pra almoçar.

— Tô afim não. - me apoei no meu braço.

— Não tô perguntando, Caleb. Tô mandando. - revirei os olhos e sai da cozinha.

Única mulher que eu deixo mandar em mim, é minha mãe e a Lu.

Fui até o quarto da minha irmã e entrei vendo ela sentada na cama chorando.

— Que foi, Lu? - perguntei me abaixando na frente.

— Não consegui fazer meu delineado. - eu rir e ela me bateu. — É sério.

— Menina, você só tem 4 anos e já se preocupa com isso? - ela bufou e se levantou indo até o espelho. — A mãe tá chamando pra almoçar.

— Me leva de cavalinho? - perguntou manhosa.

— Não.

— Caleb. - gritou e fez uma carinha de choro fazendo eu revirar os olhos.

— Sobe. - falei me abaixando e ela subiu rindo igual besta.

Desci as escadas com ela me informando e quando chegamos lá em baixo, joguei ela no sofá.

Ela se levantou e foi correndo para a cozinha, eu fui logo atrás e peguei um prato me servindo.

Almocei contando fofoca pra minha mãe e ela contava as que ela sabia também. Nosso almoço é sempre assim, com fofocas.

Ouço meu radinho tocando e levantei da mesa saindo da cozinha.

— Descobriu alguma coisa, Vt?

O Pires bate nela. A mina tá no hospital toda machucada.

— Filho da puta. - xinguei dando um murro na parede.

E tem mais. Parece que ele estrupa ela também.

— Isso é sério? - ouvi ele dizendo um "uhum". — Consegui entregar o celular pra ela?

Ainda não, mas vou tentar entrar na sala que ela tá.

— Manda ela ligar para o número que tá salvo lá.

Beleza, patrão. - desliguei o radinho.


***

Já é quase duas da madrugada e eu tô igual trouxa esperando a mina ligar sem nem saber se o Vt conseguiu entregar o celular pra ela.

Ouço o meu celular tocando e logo vejo ser o número que eu dei pra ela.

Ligação on.

Alô? - escutei a voz calma dela.

— Eai, cachinhos.

Caleb? - ela fala e consigo ouvir ela murmurar um " "

— Como você tá? - falei indo até à sacada do meu quarto.

Bem ué.

— Não mente pra mim, Anna. Tô ligado no que aquele filho da puta fez contigo.

E o que ele fez?

— Quer mesmo que eu fale? - ela ficou em silêncio. — Fica tranquila, pô. Vou te ajudar.

Por que você me ajudaria? - fungou. — Você nem me conhece!

— Não sei também, mas vou te ajudar mesmo assim.

Você vai quer algo em troca, não vai?

— Relaxa, Aninha, não quero nada em troca, não!

Por que eu confiaria em você?

— Por que não confiaria?

Por que eu não te conheço! - falou como se fosse óbvio.

— Tô falando que vou te ajudar, pô. Colabora, aí.

Tudo bem, vai. - falou baixinho.

— Ele vai pagar pelo o que fez contigo, cachinhos. Pode ter certeza disso. - ela ficou em silêncio e em seguida ouvi um barulho.

Tenho que ir. - sussurrou e desligou.

Ligação off.

Você vai se arrepender de ter tocado nela, Guilherme!

• aperta na estrelinha •

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora