27

5.3K 335 17
                                    

𝕮𝖆𝖑𝖊𝖇 𝕾𝖎𝖑𝖛𝖆.

Eu sei que falei para a Anna Lis que não ia fazer nada com Miguel, mas é obvio que eu vou. Achou mesmo que ele ia encostar nela e ia ficar tudo de boa?

Chego na salinha de tortura e eu já podia ouvir seus gritos que eram música para os meus ouvidos. Abri a porta da salinha e entrei fechando em seguida.

— Olá, Miguel! — Sorrir me sentando em uma cadeira em frente a ele.

— Caleb? — Engoliu em seco.

Ele estava pálido.

— Não achou que depois do que você fez com a Anna, a ficar tudo de boa para você, né?

— É obvio que é sobre ela. — Bufou.

— Sobre quem mais seria? — Cruzei os braços. — Sabe... até pensei em não fazer nada com você, mas isso só faria com o que você fizesse novamente.

— Eu nem encostei nela, cara. — Me encarou tentando esconder o seu medo.

— Ah, não? — Ele negou no mesmo instante. — Entendi.

Ele ficou me encarando com medo e eu rir.

— Do que você tá rindo?

— De você. — Me levantei e me aproximei dele. — Como tem coragem de mentir na minha cara?

— Você acha que tenho medo de você? Você é só um homem de merda brincando de ser traficante.

Depositei um forte soco na sua cara que fez com que ele virasse o rosto e cuspiu sangue no chão rindo em seguida?

— Own, te irritei? — Zombou e mais uma vez cuspiu sangue no chão

— Miguel, Miguel... Você tá brincando com fogo.

***

Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto. Assim que entrei, vi uma curiosa mexendo nas minhas coisas.

— Procurando alguma coisa? — Ela deu um pulo e se virou para mim.

— Não. — Se aproximou. — Tava esperando por você, mas fiquei com tédio e comecei a mexer nas suas coisas. — Deu de ombros.

Tirei a minha camisa e me sentei na cama, seguro em seu braço e a puxo para o meu colo. Ela passou o braço pelo meu pescoço e sorriu olhando para mim.

— Você por acaso sabe do Miguel? — Perguntou do nada.

— Por que eu saberia? — Ela arqueou uma sobrancelha e abriu a boca para falar, mas foi interrompida pelo seu celular tocando. — Espera um pouco.

Levantou-se do meu colo e pegou o celular atendendo. Ela ficou uns minutos no telefone e depois olhou para mim cruzando os braços.

— O que foi?

— Foi você não foi? — Fudeu.

— Eu o que, maluca? — Me levantei saindo do quarto e ela veio atrás.

— Arthur me ligou e falou que Miguel chegou com o rosto todo desfigurado agora há pouco. — Acabei rindo.

— E oque que tenho a ver com isso? — Ela cruzou os braços olhando para mim.

— Tá escrito na sua cara que foi você. — Eu bufei.

— Tá, Anna Lis, fui eu!

— É obvio que foi você! — Ela riu e se aproximou de mim me abraçando. — Obrigada! Mas falei que não era para fazer nada.

— Achou mesmo que eu ia deixar aquele pau no cu encostar em você e não ia fazer nada? — Negou rindo e me deu um selinho.

— Eu acho que amo você! — Falou baixinho, mas acabei escutando.

Um sorriso surgiu em meus lábios e abracei sua cintura, beijando sua testa em seguida.

Era obvio que eu também amava Anna Lis, mas eu ainda não me sentia pronto para falar isso para ela.

Anna Lis tá sendo umas das pessoas mais importantes da minha vida, só de imaginar alguém machucando ela eu já fico maluco.

Tenho medo dos caras de morro inimigo descobrir sobre ela porque com certeza usariam ela como troca do morro, e sendo sincero, eu dava meu morro sem dúvidas.

O morro consigo conquistar novamente, mas eu não sei se é possível eu encontrar outra pessoa como ela.

Eu sou completamente apaixonado por essa mina e eu não tenho vergonha nenhuma em falar isso. Ter ido naquela reunião foi a melhor coisa que fiz, agradeço ao Sorriso por fazer eu mudar de ideia e acabar indo.

Eu não parei de procurar pelo Pires, ele ainda vai sofrer muito por ter encostado na minha menina.

Ele sumiu completamente do mapa, quase dois meses e ainda não tenho nenhum rastro desse filho da puta.

Sou desperto dos meus pensamentos com Anna Lis me chamando.

— Amor? — Olhei para ela.

— Que foi?

— Você tá bem? — Me olhou preocupada e eu sorrir.

— Sim. Só estava pensando.

— Voltando no que eu tava dizendo, eu queria voltar a fazer faculdade. — Mordeu os lábios me olhando.

— Você fazia faculdade do quê? — Me deitei no sofá e ela deitou em cima de mim.

— Eu fazia de passarela, mas eu não gostava tanto. — Me encarou como se perguntasse a minha opinião.

— Acho que você tem fazer de alguma coisa que você realmente goste. — Passei a mão no seu cabelo sorrindo.

Eu sou apaixonado nos cachinhos dela.

— Quando você tava na escola, queria fazer faculdade de quê? — Perguntou curiosa.

— Medicina, mas minha mãe não tinha condição de pagar.

— Medicina? Nunca pensei que se interessaria por essas coisas. — Sorriu.

O sorriso dela é a coisa mais linda.

— Tava pensando em uma coisa que eu realmente gostasse e pensei em administração ou moda.

— Administração é dahora. — Sorri.

Ficamos conversando sobre até ela decidir que ia cursar administração. Em seguida pedimos pizza e ficamos vendo um filme chato que ela escolheu.

• aperta na estrelinha •

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora