ATENÇÃO!
NESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS RELACIONADOS A ABUSO SEXUAL, SE VOCÊ FOR SENSIVÉL A ESSE CAPITULO, POR FAVOR NÃO LEIA!
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Acordei mais um dia ao lado do demônio e me sentei na cama. Sinto uma dor enorme na minha intimidade e faço uma cara confusa.
Oxi!
Me levantei e fui até a minha bolsa que ainda estava no chão, peguei um short jeans, uma blusa larga preta e uma calcinha. Fui até o banheiro e me despir, mas reparei que minha calcinha tava suja de sangue.
Peguei meu celular que tava em cima da pia e vi ser dia seis.
Ué, não é da menstruação.
Ignorei e entrei no box. Fico pensando em mil possibilidades do que podia ser aquilo.
Não! Ele disse que não ia fazer isso.
Suspirei e sai do box, me sequei e vesti a roupa que eu separei. Como eu molhei o cabelo, tenho que finalizar. Fui até a minha bolsa e peguei o meu creme e a escova polvo.
Sai do quarto e me sento no sofá, ligo a televisão colocando shadowhunters e começo a finalizar meu cabelo.
— Bom dia, linda. - Rosa falou entrando em casa.
— Bom dia, Rosa! - sorrir.
Fiquei uma hora finalizando meu cabelo e quando terminei, agradeci a Deus mentalmente.
Subi as escadas entrando no quarto do Pires e guardo o creme com a escova na bolsa.
A porta do banheiro foi aberta e ele saiu com uma toalha enrolada na cintura. Ele me olhou com um olhar estranho, mas eu ignorei.
Ele andou até mim e me puxou pelo braço me fazendo levantar. Ele passou o braço pela minha cintura e me deu um selinho.
— Bom dia, amor. - ele sorriu. — Adorei ontem. - falou com um sorriso malicioso no rosto.
— Como assim adorou ontem? - perguntei confusa. — Não rolou nada ontem.
Ele ignorou o que eu falei e foi até o seu guarda-roupa enquanto eu fiquei paralisada.
Será que isso explica o sangue na minha calcinha? – pensei passando as mãos no rosto.
— O que aconteceu ontem, Guilherme? - falei olhando pra ele e percebi que ele já estava vestido.
— Nada, Anna Lis.
— Você... Você me estuprou? - perguntei com os olhos marejados.
— Anna Lis...
— Eu não acredito que você fez isso. - algumas lágrimas saiam do meu rosto. — Tá explicado porque acordei com a minha intimidade doendo, e quando fui banhar tinha sangue na minha calcinha.
— Você era virgem? - perguntou se aproximando.
— Eu te odeio tanto. - chorei me afastando.
— Não, você não me odeia.
— Você me estuprou logo depois de ter falado que não ia fazer isso.
— Você tá exagerando, Anna. - suspirou passando a mão no cabelo.
— Exagerando? É sério? - neguei rindo. — Você é um merda mesmo.
Em movimentos rápidos ele está perto de mim e deposita um tapa na minha cara.
— Você abaixa o tom pra falar comigo. - puxou o meu cabelo. — Não me obrigue a rasgar suas roupas e te fuder agora mesmo. Dessa vez você vai tá acordada pra sentir eu jogando minha porra dentro de você.
Eu olho para ele chorando e ele me solta saindo do quarto logo em seguida. Me sentei no chão e abracei as minhas pernas.
Logo a porta foi aberta e a Rosa passou por ela logo em seguida, ela me olhou e veio até mim me abraçando.
— Preciso que você compre a pílula do dia seguinte pra mim. - falei e ela me abraçou mais forte.
— Eu sinto muito. - chorou junto comigo.
***
Eu estou debaixo do chuveiro a horas me esfregando com a bucha. Eu já tava ficando vermelha, mas eu ainda me sentia suja.
Escutei a porta do quarto sendo aberta e me encolhi debaixo do chuveiro com medo.
Por favor, que não seja ele.
— Anna? Trouxe comida pra você. - ouvi a voz da Rosa e suspirei aliviada.
— Não tô com fome, obrigada.
— Tem certeza?
— Tenho!
— Ok. - ouvi a porta do quarto se fechando e desliguei o chuveiro.
Sai do box e me sequei, vesti a roupa que eu separei e abri a porta do banheiro tendo a visão do quarto do homem.
Fui até a cama e vi um remédio em cima da comada com um copo de água.
Vi ser a pílula que eu pedi para a Rosa e coloquei na boca bebendo água logo em seguida.
Ouvi alguém batendo na porta e falei um "entra" e logo o Grego passou por ela.
— Cê tá bem? - Grego perguntou e eu neguei sentindo lágrimas descerem pelo meu rosto. — Pires me contou o que aconteceu. Te peço desculpas por ele, tá ligada? Nem sei o que passa na cabeça dele.
Encarei o Grego que me encarava preocupado e comecei a chorar, logo ele se aproximou de mim e me abraçou.
— Tá precisando de algum bagulho?
— Tô precisando sair daqui, me ajuda?
— Cê tá ligada que eu não posso, pô. - suspirei voltando o meu olhar para o chão. — Vou tentar convencer ele a te deixar em paz. Isso é tudo que eu posso fazer.
— Obrigada, Grego.
— Por nada, Anna. - ele piscou pra mim e saiu.
• aperta na estrelinha •
