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𝕲𝖚𝖎𝖑𝖍𝖊𝖗𝖒𝖊 𝕻𝖎𝖗𝖊𝖘.

Eu sempre tive uma vida muito difícil e isso fez eu me tornar a pessoa que eu sou hoje. Eu sou uma pessoa fria e estou pouco me fudendo se minhas atitudes acaba machucando outra pessoa.

Acredito que a única pessoa com quem eu me importo é o Grego e a Bia. Grego além de melhor amigo de infância, é o meu braço direito, ou seja, sub dono da rocinha.

Bia é a minha irmã mais nova. Ela tem 15 anos, mesmo não parecendo. Eu com certeza sou o maior fã dela, tanto que eu tenho duas tatuagens do rosto dela, o ano que ela nasceu tatuado nos dedos e sua inicial atrás da orelha.

— Caralho, cara, tá com a cabeça aonde? - Grego falou me dando um tapa na nuca.

— No meio das suas pernas, filho da puta. - bufei passando a mão na nuca e ele riu.

Nós estamos sentados no terraço da casa dele, onde temos a vista do morro inteiro. Vejo uma morena descendo e encaro ela.

Que bunda, hein!

— Quem é aquela mina? - perguntei apontando com a cabeça para ela.

— Como eu vou saber? - falou bolando um cigarro.

Fones de ouvido, cabelão grande cacheado, corpo estilo violão, olhos cor de mel...

Perfeita.

Levantei da cadeira balançando a cabeça pra tirar ela da mente e guardo meu celular no bolso. Saio da casa do Grego e guiei para a boca e fiz meus trampo.

Vou para a casa tarde da noite e tomo uma ducha, faço algo rápido pra comer e volto para o quarto. Ligo a tv deixando em um canal qualquer e como enquanto a mina de mais cedo tava na minha cabeça.

Dia seguinte.

Tô na boca tentando fazer meus trampo, mas aquela filha da puta não saia da minha cabeça.

— Que porra! - bufei batendo na mesa.

— Estressado logo cedo, Pires? - Grego disse entrando sem bater.

— Bate na porra da porta antes de entrar, caralho.

— Vou meter o pé. Tô vendo que cê não tá pra papo. - disse e saiu.

Bufei e levantei da cadeira, saio da boca e vou até à rua que eu vi a mina entrando ontem. Fico encostado no portão da casa dela fumando esperando aquela praga chegar.

Vejo ela na entrada da rua e quando ela me viu fez uma cara confusa. Ela veio andando em minha direção e eu apaguei o cigarro me afastando do portão.

— Arruma suas coisas, cê vai vim comigo.

— Como assim? Meu aluguel tá pago, cara. Paguei ontem ainda. - falou desesperada.

— Vai logo, porra.

Ela pegou uma chave no bolso e abriu o portão, ela entrou e eu fui logo atrás. Ela entrou em um corredor abrindo uma das portas e entrei vendo ser o seu quarto.

— Eu não vou pra lugar nenhum! - olhou para um canto do quarto. — Eu saio do morro, sumo da sua vida.

— Bora logo, porra! Se eu falei que você vai, não tem nada que você fale que vai fazer eu mudar de ideia. - me aproximei. — Entendeu porra? - passei a mão entre os seus cabelos, puxando.

— Solta o meu cabelo. - bateu na minha mão. — Tu pode puxar o que quiser, menos o meu lindo cabelo que eu passei horas finalizando.

— Se você não começar a arrumar seus bagulhos logo, eu te deixo sem cabelo e de brinde, sem roupa. - ela bufou.

Ela começou a colocar os bagulhos dela na maior moleza na mochila e eu bufei indo até à mina.

Puxei ela pelo braço e saí da casa. Abri a porta do carro e joguei ela lá dentro, entrei no banco do motorista e fui pra casa.

Desci do carro quando estacionei em frente a minha casa e abri a porta de trás puxando a garota pra fora do carro.

Entrei em casa e soltei ela trancando a porta, ela ficou quieta encarando o chão e eu subi dando sinal para ela vim atrás, e assim ela fez.

Abro a porta do quarto entrando e ela ficou parada na porta olhando para o chão.

— Perdeu alguma coisa no chão, garota? - ela negou e eu rir pelo nariz. — Tu vai dormir aqui comigo. Não pode sair de casa, não pode falar com macho e muito menos me desobedecer.

— Voltei para os 12 anos e não sabia. - falou baixo, mas eu escutei.

— Me dá seu celular. - estendi a mão para ela me entregar.

— Não.

Olhei para ela e ela revirou os olhos tirando o celular do bolso e me entregando. Peguei logo a senha desbloqueando.

— Quando eu chegar quero a comida pronta. - falei saindo do quarto deixando ela sozinha.

— Não sou sua empregada. - ouvi ela dizer e ignorei.

• aperta na estrelinha •

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora