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𝕬𝖓𝖓𝖆 𝕷𝖎𝖘.

Já tá tudo pronto para a festa, só falta o Caleb chegar. Quem ficou responsável em trazer ele foi o Sorriso, melhor amigo dele.

— Sorriso disse que eles tão saindo de lá. - Disse Vt.

Dona Isabel apagou a luz e ficamos conversando no escuro mesmo, logo escutamos barulho de moto e ficamos em silêncio.

— Tamo fazendo oque aqui, cara? - Ouço a voz do Caleb do outro lado da porta.

— Tenho que pegar um bagulho aqui, pô. - Disse abrindo o portão.

Logo o Sorriso entrou, e assim que Caleb entra, gritamos "surpresa" e a luz se acendeu.

— Porra, que susto. - disse colocando a mão no peito.

— Feliz aniversário, irmãozinho. - Disse Luna correndo para o colo do irmão.

Caleb agarrou a mesma e deu vários beijos no seu rosto, fazendo Luna soltar uma risada gostosa.

Os convidados (que eram poucos) foram parabenizar ele, e por último fui eu.

— Feliz aniversário, amor. - abracei ele.

— Obrigada, pretinha. - me deu um selinho demorado. — Quem que preparou tudo isso?

— Foi eu. - sorrir. — Graças a Raíssa fiquei sabendo. Por que não me contou?

— Meu aniversário não é um dia que eu gosto de comemorar. - sorriu fraco. — Mas eu adorei, obrigada!

— Por nada. - sorrir. — Depois quero saber dessa historia. - ele assentiu com a cabeça.

— Ala o pau no cu, nem disfarça que ta olhando.

Olhei na direção que ele olhava e vi Miguel nos olhando.

— Se mordendo de inveja.

— Inveja do quê? - olhei para ele.

— De mim né, olha a gostosa que eu posso falar que é minha. - gargalhei.

— Não to vendo nenhuma aliança no meu dedo, então não sou sua.

— Você é minha. - falou olhando para mim. — E você sabe muito bem disso. - sussurrou no meu ouvido e me soltou indo até seus amigos.

Sorrir e fui até Mirela que tava no beer pong contra Luiz. Me aproximei deles e me juntei a Mirela.

— Po, aí não vale. Menor, chega aí. - chamou Caleb.

Caleb se juntou e eu peguei a bolinha, bati ela na mesa e caiu certinho no copo, dei pulinhos animada e Caleb bebeu.

Caleb tacou e errou, Mirela pegou a bolinha tacando e errou, Luiz tacou e acertou me fazendo beber.

Jogamos umas 10 rodadas e todas, Mirela errou. Agora ela estava com a bolinha na mão já que era sua vez.

— Você consegue, amor. - disse Luiz

Ela tacou a bolinha e novamente errou.

— Desisto. - cruzou os braços fazendo birra.

Olhei para os meninos que seguravam a risada e Mirela saiu.

— Mi, volta aqui. - disse Luiz indo atrás dela.

Eu e Caleb continuamos jogando, mas logo Dona Isabel chama para cantar parabéns.

— Parabéns para você, nessa data querida... - cantamos todos juntos.

— É pica, é pica, é pica, é pica, é pica. - cantou Vt. — É rola, é rola, é rola, é rola, é rola, no seu cu. - todos acompanharam.

***

Estamos em uma rodinha conversando e eu tô sentada no colo do Caleb. Sinto vontade de ir ao banheiro e me levanto do colo dele, ele me olha com um olhar confuso.

— Vou ao banheiro. - falei baixinho e ele concordou com a cabeça.

Andei em direção ao banheiro feminino e entrei, procuro por um banheiro que não tem ninguém e entro. Faço o meu xixi e saio do banheiro, lavo minhas mãos e pego um pedaço de papel secando minhas mãos.

Quando eu ia saindo, uma pessoa passa pela porta, olho para trás e vejo Miguel parado na porta, reviro os olhos e ele rir.

— Pode me dá licença? Eu quero sair.

— Para que tanta pressa, Aninha? - se aproximou.

Dei passos para trás batendo as costas na pia e Miguel ficou na minha frente colocando o braço escorado na pia me prendendo.

— Me solta. - falei olhando para ele e passou a mão no meu cabelo.

— Sabe, Anna. Fiquei esperando você me ligar. - refez o cacho no seu dedo.

— E por que eu ligaria?

— Porque você me ama. - eu gargalhei.

— Amava, no passado.

— E quando parou de me amar?

— Quando vi você na cama com a Luiza. - a expressão dele mudou. — Fui na sua casa para me despedir de você e você tava lá com ela.

— Não sei do que você tá falando.

— Ah, não sabe né? Tadinho dele. - debochei e ele me deu um tapa na cara segurando no meu pescoço apertando.

— Se eu fosse você parava de debochar da minha cara. 

— Eu não tenho medo de você. - falei com dificuldade.

— Ae, você tem seu namoradinho traficante para te defender.

Aproveitei sua distração e dou uma joelhada no meio das suas pernas, ele cai no chão pela dor e eu saio correndo do banheiro, acabo batendo com alguém no meio do caminho e acabei caindo no chão.

— Ei, cachinhos. - me levantou. — Por que tá correndo?

Não conseguir responder e olhei para trás vendo o Miguel saindo do banheiro.

— Por que seu rosto tá vermelho?

Expliquei para ele o que aconteceu e ele me abraçou beijando meu pescoço. É obvio que ele queria matar o Miguel, mas eu pedi para ele não fazer nada.

• aperta na estrelinha •

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora